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Recepção terceirizada da UPA Sul sofre com falta de pessoal

Segundo relato de servidores, é comum faltas por atestado ou pedido de demissões, forçando os servidores a ocupar o posto do terceirizado.

Redação, Portal Chuville

14 outubro 2024

editado em 14 outubro 2024

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Upa sul está há dias sem materiais básicos de higiene - Foto divulgação
Foto: Divulgação

O trabalho de recepção terceirizado na UPA Sul já é realidade, assim como em alguns postos de saúde. Porém tem enfrentado dificuldades, segundo relato de quem trabalha em uma das mais movimentadas unidades de saúde da cidade. Profissionais, como enfermeiros e servidores administrativos, disseram que é comum o trabalho da recepção ser substituído por alguém da equipe de carreira, já que o funcionário terceirizado falta, seja por atestado ou porque pediu a conta.

Atualmente são oito trabalhadores terceirizados, que precisam cumprir sua função em todos os turnos, incluindo os fins de semana. Para os pacientes a dificuldade pode não aparecer, mas entre a equipe a coisa complica.

É o que conta um dos enfermeiros de carreira da UPA Sul, que preferiu não se identificar: “Já aconteceu umas duas vezes no meu plantão. Agora tem uma concursada de carreira que se submete a cobrir esses funcionários quando acontece. Aí começamos a ampliar a abordagem para que eles percebam a gravidade. Se faltar na zeladoria ou vigilância vocês irão fazer esses papéis também? Então cai a ficha e a coordenação fez essa mudança pontual dessa funcionária, que é usada de forma leviana e acha que está contribuindo para o serviço”.

Edital de quase R$ 20 milhões para terceirizar recepções

A prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Saúde, contratou no começo do ano a empresa gaúcha Phenix Soluções de Mão de Obra Qualificada para realizar este serviço. O edital n° 182/23 foi lançado em outubro do ano passado, com teto máximo de R$ 25,2 milhões. No fim, a empresa Phenix venceu o certame, sendo homologada pelo valor de R$ 19.999.999,62, em março deste ano.

A ideia da gestão Adriano Silva (Novo) não é terceirizar somente as recepções das unidades de saúde, mas também outras, como as dos CRAS (Centro de Referência de Asssitência Social). O objetivo seria ajudar na demanda crescente por atendimento público.

O Sinsej (Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville) tem se mostrado contra as terceirizações desde que Adriano começou a implantar este tipo de gestão. Entre os problemas está a precarização do serviço público e a desvalorização do sistema da previdência própria – o Ipreville. Inclusive nesta quarta-feira (16) haverá uma audiência pública para discutir a terceirização do Hospital São José. Será na Câmara de Vereadores, às 19h30. 

Prefeitura diz que a situação está “normalizada”

Em resposta ao Chuville Notícias, a Secretaria de Saúde, por meio da assessoria de imprensa, disse que a “situação está normalizada” e que há acompanhamento periódico na execução do contrato com a empresa terceirizada. A nota ainda diz: “Anteriormente, quando havia algum desligamento, até que o profissional fosse substituído, eram feitos ajustes para que a recepção tivesse equipe suficiente para atender a demanda de pacientes, sem que isso causasse prejuízo ao usuário do sistema de saúde”.

No entanto, pela versão dos servidores que procuraram esta reportagem, o problema ainda continua, pois na falta de um terceirizado, assume um servidor de carreira.

Uma resposta

  1. No meu ponto de vista, se faltar algum terceirizado a coordenação NÃO deve colocar nenhum funcionário de carreira no lugar para que os 78% que votaram no instagramavel vejam como anda a saude em Joinville. Spoiler: vai piorar ainda mais pois a intenção é terceirizar tudo referente a saude.

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