Urbanismo conclui vistorias em terminais e pressiona por melhorias no transporte coletivo

Vereadores da Comissão de Urbanismo da Câmara de Joinville concluíram, na manhã desta quinta-feira (12), uma série de fiscalizações em terminais de ônibus da cidade. As visitas foram motivadas por queixas de usuários sobre superlotação, atrasos e falhas na integração entre linhas.

O último terminal vistoriado foi o do bairro Guanabara, na zona Sul, onde os vereadores Brandel Junior (PL) e Vanessa Venzke Falk (Novo) estiveram por volta das 6h. O terminal é um dos dez pontos de integração que compõem o sistema municipal de transporte coletivo.

Durante a visita, os parlamentares conversaram com usuários e identificaram problemas como a falta de ar-condicionado nos veículos e a ausência de sincronização entre ônibus de bairros e linhas que vêm do Centro. “As diligências são uma resposta às reclamações da população. Há muita queixa sobre a demora nas linhas e superlotação”, afirmou Brandel. Para Vanessa Falk, pequenas medidas, como aguardar conexões entre ônibus, já melhorariam o serviço.

Nos últimos dias, os vereadores também visitaram os terminais do Iririú e do Itaum, sempre no horário de pico da manhã.

Atualmente, o transporte coletivo de Joinville é operado pelas empresas Gidion (região Sul) e Transtusa (região Norte), sob concessão pública. A fiscalização e regulamentação do serviço cabem à Prefeitura, por meio da Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra).

Um relatório com as conclusões das vistorias deve ser elaborado pela Comissão de Urbanismo, que pretende cobrar a Prefeitura por melhorias. No entanto, mudanças mais estruturais dependem da nova licitação do transporte público, que ainda está em fase de análise pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC).

A minuta do edital prevê a implantação do Sistema de Mobilidade de Joinville (Simob), com propostas como:

• Wi-Fi e ar-condicionado em todos os ônibus;

• Monitoramento por câmeras e geolocalização em tempo real;

• Ampliação da frota, com limite de cinco anos de uso por veículo;

• Reforma dos terminais e instalação de novos abrigos;

• Bilhetagem digital e integração tecnológica;

• Criação de uma Central de Controle Operacional (CCO).

A expectativa é de que o novo modelo traga mais eficiência e conforto aos usuários, mas ainda não há prazo definido para o lançamento do edital.