Durante assembleia de trabalhadores da Águas de Joinville, realizada na noite desta quarta-feira (15), a decisão geral foi de entrar em estado de greve, com paralisação na próxima quinta-feira (23), às 16h30, em frente à sede administrativa da companhia, no bairro Glória. Na ocasião está sendo prevista uma manifestação geral.
A categoria exige a recolocação imediata dos trabalhadores demitidos e em processo de demissão, a suspensão da atual avaliação de desempenho e a apresentação imediata do Plano de Cargos, Carreira e Salários, entre outras questões.
Durante a assembleia, vários funcionários criticaram a subjetividade da avaliação, a falta de possibilidade de recurso, a unilateralidade do chefe direto na aplicação das notas, a prática de “nivelamento” para baixar a pontuação, a composição da comissão que julga os recursos, as mudanças na normativa que rege a avaliação no meio do período, entre outros problemas.
Para o Sintraej – sindicato que representa os trabalhadores, este instrumento chamado pela empresa de “Plano de Carreira”, por estar vinculado a uma pequena progressão salarial, foi classificado como um “Plano de Demissão”.
A categoria também decidiu pela realização de uma ampla campanha de comunicação para explicar à comunidade o que está acontecendo na CAJ. Paralelo a isso, a diretoria do sindicato deverá fazer a mobilização nos locais de trabalho.
Entenda a situação
No início de janeiro cinco trabalhadores públicos da Águas de Joinville receberam notificação de processo demissional. Segundo documento, a avaliação de desempenho anual foi igual ou inferior à nota 60. Segundo o Plano de Cargos e Salários da companhia, duas notas consecutivas acarretam demissão.
Porém o Sintraej questiona algumas inconsistências neste processo de avaliação, como por exemplo, a falta de tempo para a defesa, a nota emitida por superiores e não a chefia imediata, entre outros problemas.
Em nota, a prefeitura de Joinville informou que até o momento nenhum trabalhador havia sido desligado. Fato desmentido pelo sindicato. “Dos cinco que receberam a notificação, apenas dois ainda não foram demitidos. Um está de férias e outro de atestado médico”, afirma Edson da Silva, presidente do Sintraej.