Mais uma vez, Joinville sofre com os efeitos dos temporais de verão, causados pela mistura do calor excessivo e uma suposta frente fria que não consegue chegar à cidade, mas traz consigo um acúmulo de água que, em poucos minutos, deixou o município intransitável, gerando diversos transtornos e prejuízos à população.
Por volta das 16h30, o céu escureceu, e o prenúncio de um temporal já indicava que a mesma história se repetiria. Vinte minutos foram suficientes para que ruas ficassem alagadas, árvores caíssem, o transporte fosse afetado, serviços essenciais fossem comprometidos e houvesse falta de luz — um roteiro que o joinvilense já conhece bem.
Várias ruas do Centro encheram rapidamente, paralisando o transporte público no terminal central. Vídeos divulgados nas redes sociais, inclusive do Chuville, mostravam a Rua 9 de Março e as imediações alagadas. Um ônibus que tentou atravessar a via acabou encalhado e travou o trânsito.

No bairro Santo Antônio, um vídeo impressionante mostrou os impactos da forte chuva acompanhada de rajadas de vento. A cidade registrou pelo menos dez ocorrências de quedas de árvores.

A Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (PA Norte) teve sua capacidade de atendimento reduzida devido a infiltrações. Casos mais graves precisaram ser transferidos para outras unidades.
A Defesa Civil de Joinville elevou o nível do Plano de Contingência (Plancon) para o nível laranja às 17h10. A Prefeitura informou que os bairros mais afetados foram Centro, Glória, América, Anita Garibaldi e Nova Brasília.
Vale lembrar que, às 16h35, a Defesa Civil estadual emitiu um alerta severo para chuva intensa, alagamentos e enxurradas em toda a cidade. O alerta severo é enviado por meio de sinal de GPS e não exige cadastro prévio do número de telefone.
O serviço, administrado pelas Defesas Civis nacional e estadual, é essencial para mitigar danos e evitar perdas materiais e humanas. No entanto, quem mora em Joinville e convive há anos com os mesmos problemas já desenvolveu esse alerta como um sexto sentido.
É sempre importante reforçar que, em caso de chuva forte, procure um local seguro para se abrigar. Não transite sobre pontes submersas ou áreas alagadas.
Próximo a morros e encostas, fique atento aos sinais de risco de deslizamento, como postes, árvores e muros inclinados, água barrenta descendo do morro ou rachaduras em paredes e no solo.
Ao identificar algum desses sinais, saia do local imediatamente e acione a Defesa Civil.
A Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199, e os Bombeiros Voluntários pelo 193.