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Reclamações sobre terceirização das cozinhas escolares são expostas em audiência pública

Comissão de Educação da Câmara de Vereadores realizou audiência pública, na tarde desta terça-feira (10), para discutir as dificuldades apontadas na recente terceirização das cozinhas escolares

Redação, Portal Chuville

10 outubro 2023

editado em 10 outubro 2023

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Audiência Pública também foi transmitida pela internet

Após muitas reclamações e polêmicas envolvendo a terceirização das cozinhas escolares de Joinville, a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores realizou, na tarde desta terça-feira (10), uma audiência pública convidando o secretário da pasta, Diego Calegari, para responder aos questionamentos dos vereadores e também dos presentes. A Comissão é formada pelos vereadores Brandel Junior (Podemos), Alisson (Novo) e Ana Lúcia (PT).

Entre as principais questões discutidas esteve a grande fila para pegar o cartão QR Code, deixando insuficiente o intervalo de 15 minutos. Uma das soluções apontadas durante a audiência pública foi a realização de intervalo intercalado, ou seja, dividir a escola em duas partes, reduzindo o volume de alunos e, consequentemente, as filas. Sobre este assunto, o secretário afirmou que estão sendo feitas reuniões diárias entre a equipe gestora da Secretaria de Educação e a empresa responsável, Sepat Multi Service.

Outro ponto alto da discussão foi a reclamação de o aluno não poder repetir as refeições. Fato assumido pelo secretário Diego, mas que segundo ele, foi pontual nos primeiros dias de implantação do novo sistema, não sendo mais dificuldade atualmente. “Todas as grandes mudanças geram dificuldades no início e achamos que tudo está dentro do esperado, da normalidade, aos poucos os problemas vão sendo sanados”, disse ele.

Em relação à falta de cozinheiras, algumas pedindo demissão, conforme divulgou o Chuville Notícias, o secretário Diego afirma que o quadro de profissionais está completo em todas as unidades escolares de Joinville.

 

Agricultura Familiar apresenta problemas

Representantes da cooperativa de agricultores familiares relataram, durante a audiência, que o abastecimento às escolas tem sido prejudicado após a implantação da terceirização, no dia dia 25/09. Segundo o senhor Ari, que tomou a palavra, cerca de 30 toneladas de produtos estão aguardando serem entregues nas escolas. “Temos que conversar para ver o que está acontecendo, porque em 15 anos de parceria com a prefeitura, isso nunca aconteceu, estamos em desarmonia e os cooperados estão enfrentando problemas”, disse. O secretário garantiu que irá receber os representantes da cooperativa para uma conversa.

Por mais que o Progama Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) obrigue ao município contratar pelo menos 30% dos produtos vindos da agricultura familiar, a empresa terceirizada parece não estar cumprindo esta determinação neste início dos trabalhos. O contrato firmado entre a prefeitura e a empresa mostra a manutenção de compra.

 

Outros pontos discutidos pelos presentes na audiência pública

  • Denúncia de comida estragada dentro de unidades escolares. Quem trouxe esta informação foi a presidente do Sinsej (Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville). Este questionamento não foi respondido pelo secretário de Educação, Diego Calegari;
  • Baixo salário das cozinheiras contratadas e falta de concurso público seriam algumas das razões para o pedido de demissão de muitas profissionais. Este questionamento foi trazido por Rhuan Carlos Fernandes, representante do Movimento Negro Maria Laura. Sobre este assunto o secretário afirmou que mais um concurso público está sendo preparado. A promessa da pasta, em junho deste ano, era de que no segundo semestre o edital seria lançado, porém a prefeitura argumenta que já superou o limite prudencial de gastos com folha de pagamento (52,11%), dificultando novos editais;
  • Presidente do Conselho Municipal de Alimentação Escolar, Edilson Alves, disse que não foi consultado sobre a mudança no sistema de merenda;
  • O presidente da Câmara de Vereadores, Diego Machado (PSDB) disse que pediu à Secretaria que não afastasse as cozinheiras de carreira de seus locais de trabalho, sobretudo as que atuam em área rural. Segundo ele, o pedido foi acatado.

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