Uma ação conjunta entre as polícias Civil e Penal deflagrou nesta terça-feira (26) a Operação Corrosão. A operação tem como objetivo desmantelar um esquema de entrada ilegal de aparelhos eletrônicos na Penitenciária Industrial de Joinville (PIJ), envolvendo agentes terceirizados da unidade prisional.
Segundo as investigações, os terceirizados facilitavam o ingresso de telefones celulares na unidade, permitindo a comunicação ilícita de detentos com o exterior. Em troca, recebiam pagamentos consideráveis, caracterizando um esquema criminoso.
A investigação começou há cerca de um ano, quando agentes perceberam a entrada de relógios smartwatches na penitenciária. Segundo a polícia, também eram facilitadas a entrada de aparelhos celulares e drogas.
A operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão temporária em Joinville, Pinhais (PR) e na própria PIJ.
Entre os envolvidos estão servidores públicos terceirizados, indivíduos que atuavam de fora da penitenciária e presos que já cumpriam outras penas.
Uma das prisões foi realizada na cidade de Pinhais, no estado do Paraná. Os locais dos mandados e das outras prisões não foram divulgados para não atrapalhar a investigação.
As ações mobilizaram policiais civis de diversas delegacias especializadas, como a DECOR, DEIC e CORE, além de policiais penais da DINF. A operação também contou com o apoio da Polícia Científica de Santa Catarina e foi acompanhada por representantes da OAB/SC.
O nome Operação Corrosão faz referência ao processo de deterioração causado por interações externas, simbolizando o impacto do esquema sobre o sistema prisional.