Você talvez precisou, nas últimas semanas, entrar em contato por telefone com algum postinho de saúde, unidade do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) ou outro órgão municipal e ouviu apenas a linha chamando, sem ninguém atender, certo? Você não está sozinho e não é porque ninguém quer te atender.
Foi identificado problema em boa parte das linhas telefônicas que atendem os órgãos municipais de Joinville. As grandes demandas são na Saúde e na Assistência Social. Para quem liga o telefone só chama, já do outro lado da linha os aparelhos seguem mudos.
Um servidor público que não quis se identificar afirma que nos postos de saúde, médicos e recepcionistas usam celulares particulares para conversar com a população e avisar sobre consultas agendadas, por exemplo. “Já vi caso de médico que precisou usar o telefone pessoal pra chamar ambulância, onde já se viu isso?”, questiona.
Algumas unidades da Assistência Social ainda usam o aplicativo de mensagens, que tem sido uma alternativa, porém exclui quem não tem acesso à internet e celular.
O Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) chegou a publicar nesta semama, nas redes sociais, prints de denúncia de servidores de diversas secretarias, reclamando que precisam usar seus celulares e pacotes de internet particulares para trabalhar. Por nota, o Sindicato alertou que é dever do município oferecer ferramentas de trabalho e que qualquer anomalia deverá ser denunciada.
O que diz a prefeitura
Por meio de nota da assessoria de imprensa, a prefeitura de Joinville disse que abriu chamado para resolver os problemas junto ao fornecedor do serviço.
Enquanto isso, afirma que a Secretaria de Administração e Planejamento (SAP) está elaborando edital prevendo a modernização da telefonia fixa dos serviços municipais. Neste momento a Procuradoria Geral está avaliando os detalhes para ser lançado em breve.
Já em relação à telefonia móvel, a prefeitura de Joinville lançou, no fim do ano passado, o Edital 509/23, que homologou em fevereiro deste ano a operadora TIM no valor de R$ 1,7 milhão. O contrato de 50 meses (cerca de quatro anos), deverá fornecer aparelhos smartphones com acesso à internet em regime de comodato (empréstimo) a todas as secretarias.