Os pacientes que estão internados no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt de Joinville estão passando dificuldades devido às reformas que a unidade está passando. Ambiente insalubre, poeira no ar junto às pessoas com problemas respiratórios e profissionais de saúde esgotados são algumas das reclamações que chegaram até o Chuville Notícias.
As obras de reforma e ampliação da unidade sob gestão do governo de Santa Catarina estão em andamento desde 2023, começando por ampliação de leitos, reforma no setor de emergência e agora, mais recentemente, ampliação da área cardiológica, em um investimento de R$8,7 milhões.
A palestrante Ita Batista relatou ao Chuville que está desde segunda-feira com sua sobrinha internada no Regional. Segundo ela, sua sobrinha foi transferida do Hospital Bethesda, é deficiente e tem problemas neurológicos, precisando assim de um leito especial, longe de ruídos. Além da paciente estar em meio a uma sala lotada de leitos improvisados, o ambiente é barulhento e os médicos teriam negado o pedido de um leito especial.
“Estamos vivendo uma situação de guerra, descaso e prepotência dentro do Regional. Pessoal sucateado, estressado, desde o médico até os atendentes, enfermeiros e técnicos”, completou ela.
Comissão da Câmara visita hospital nesta sexta-feira
A Comissão de Saúde, Assistência Social e Previdência Social da Câmara de Vereadores esteve, na manhã de hoje (16), visitando as obras de reforma do Hospital Regional e puderam conferir os reclames dos pacientes e familiares das pessoas internadas. Os parlamentares também visitaram o Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, que também é mantido pelo governo do estado, só que por meio de uma Organização Social.
Os vereadores puderam conferir que, devido à superlotação das UPA’s 24h de Joinville, cerca de 30% dos pacientes que procuram o Regional não são casos graves. Poderiam ser atendidos nos postos mantidos pela prefeitura. Situação que, somada às reformas da unidade, agrava o problema.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a atual reforma ampliará 42 leitos. E que o Hospital Municipal São José e o Bethesda ofereceriam 50 leitos cada um até que as obras do Regional sejam concluídas, algo previsto para o final do ano que vem.
A comissão de vereadores afirmou, durante visita ao hospital, que precisa “dialogar com o governo do estado” para buscar uma solução.