Faça parte do nosso grupo! receba notícias de Joinville e região no whatsapp

OPINIÃO: Segurança armada nas escolas não é solução 

Por SINSEJ - Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville

Redação, Portal Chuville

26 julho 2023

editado em 26 julho 2023

Compartilhe no Whats

Por SINSEJ – Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville

 

Os ataques violentos contra alunos nas escolas brasileiras vêm gerando inúmeros debates e ações com o intuito de ser assertivo para evitar novas ondas de violência. Desde 2002, o país sofreu 20 ataques nas escolas do país. O SINSEJ entende que os protocolos de seguranças são necessários, porém, há divergência sobre a segurança armada no interior das escolas.

 

O Pastor Henrique, deputado federal do PSOL, num debate na CNN deixou as pistas para uma analise profunda que vai ao cerne do problema e da solução. A escola precisa enfrentar a intolerância, ajudar na convivência pacifica e generosa, precisa valorizar a diversidade para promover a cultura de paz. A escola tem o dever ético e pedagógico de enfrentar os vetores que produzem violência, tal como a misoginia, o racismo e a LGBTfobia. A escola tem que assumir a responsabilidade com a comunidade escolar, com a participação das famílias para afirmar uma cultura de respeito profundo a diversidade e uma vez verificando um potencial de violência, como o bullying, a intolerância, o preconceito e a discriminação, ter a possibilidade da mediação, da pedagogia, do acolhimento. Mais vigilância e punição não vai diminuir o potencial de conflito.

 

Livros fazem milagres, aulas fazem milagres, conversas generosas fazem milagres produzindo reconciliação entre estudantes. Jogar todas as fichas em câmeras, em armas, em ronda, em patrulha, isso não vai ao cerne do problema.

 

Essas ações de violência refletem a disseminação de uma cultura de extremismo e ódio, a glorificação da violência e das armas. Negação da diversidade e singularidade de cada ser humano. Essa cultura do ódio nega a diversidade e a singularidade de cada ser humano. Quando autoridades públicas brincam e naturalizam a violência, prometem a morte de seus inimigos, isso ajuda a naturalizar e intoxicar o ambiente social e escolar.

 

Vamos imaginar uma bacia cheia de água com uma torneira aberta, dai o objetivo é impedir que essa bacia transborde. O mais inteligente e eficiente, não é pegar um pote e ficar tentando tirar a água da bacia, sendo que a torneira continua aberta. A cultura de ódio, o extremismo político, a glorificação da violência são a torneira aberta que estimulam essas ações violentas cada vez mais comuns nas nossas escolas.

 

Ir ao cerne da questão é defender uma cultura de paz, é ter uma politica de convivência, cidadania e diversidade dentro das escolas, é avançar na politica de controle sobre venda e circulação de armas. E claro, adotar protocolos de segurança, como o botão do pânico, a ronda externa nas escolas. O que não pode é colocar a polícia armada dentro das escolas.

 

Um estudo do departamento nacional de justiça, do departamento de Justiça dos EUA, publicado em fevereiro de 2022 concluiu que a presença de policiais baseados nas escolas, não reduz nem previne os ataques, inclusive, ao contrário, nos dois ataques com o maior numero de mortes nos EUA, havia a presença de policiais, em Parkland (Florida) com 17 mortos e em Santa Fé (Cidade Novo México) com 8 mortos.

 

É preciso fomentar a tolerância para que os alunos entendam que precisam viver em harmonia e respeitar as diferenças.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

novidade!

inscreva-se em nosso canal do youtube