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OPINIÃO: Julius Evola, o mentor intelectual do NEOFASCISMO, sua filosofia maligna e oráculos desvendados!

Por Carlos Castro - Jornalista.

Redação, Portal Chuville

05 fevereiro 2025

editado em 05 fevereiro 2025

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Julius Evola. Foto Internet
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Opinião por:
Carlos Castro - Jornalista

A extrema direita tem um novo mentor intelectual com a filosofia atualizada do TRADICIONALISMO. Julius Evola é um escritor fascista que pensa para além do conservadorismo. Sua teoria pretende destruir todos os preceitos da MODERNIDADE, incluindo a democracia. Com isso, se tornou o guru global do extremismo de direita nazifascista, influenciando oráculos conhecidos que ditam as politicas para lideres mundiais. Três deles são os mais destacados nos holofotes do poder, Steve Bannon nos EUA, Alexandr Dugin na Russia e, quem diria, o finado Olavo de Carvalho no Brasil.

A escola de pensamento de Evola, vem do ocultismo milenar hinduísta, porém, apodrecido de confusão. Nascido na Itália em 1898, lutou na Primeira Guerra Mundial e em seguida, se afinou com as ideias de Mussolini e passou a desenvolver sua filosofia política e ocultista. Na obra Imperialismo Pagão, publicada em 1928, defende o resgate do espirito da Roma antiga com elementos de tradições espirituais oriundas do texto hindu, “O Bhagavad Gita”. Mas a sua obra prima será, “Revolta contra o mundo moderno – política, religião e ordem social no Kali Yuga”, sendo este, Kali Yuga, o demônio vingativo do hinduísmo que vive na era de Kali, a ultima das quatro eras do ciclo cosmológico hindu (Idade de Ouro, Idade de Prata, Idade de Bronze e Idade de Ferro) caracterizado por violentos conflitos. Evola e seus seguidores cismaram que o mundo contemporâneo é uma dessas eras.

Seu último livro, “Cavalgar o Tigre”, publicado em 1961, o “tigre” no caso é referência à modernidade liberal. O texto orienta os seguidores a se afastarem da vida politica para preservar o espirito da tradição dentro de si, se refugiando no mundo espiritual, e assim, não ser corrompido pelo liberalismo e pela modernidade. Quando as condições e o momento certo ganhassem força, os oráculos teriam destaques e estariam preparados para a destruição da sociedade liberal. Nesse interim, os seguidores do extremismo deveriam ler as obras e participar dos rituais para se tornarem, posteriormente, as mentes mais avançadas na orientação política de líderes afinados com essa filosofia.

Evola morreu em 1974 e o tradicionalismo se manteve dormente até 2015, ano em que o sueco Daniel Friberg, um proeminente neonazista com aspirações intelectuais, lançou em seu blog a palavra de ordem para que a extrema direita “estrangulasse o tigre”. Na alegação argumentou que a modernidade liberal estava enfraquecida, decadente, e que havia chegado a hora de voltar às armas.

Benjamin Teitelbaum, escritor e etnógrafo estadunidense, professor da Universidade do Colorado, foi quem desvendou e meteu os holofotes na filosofia oculta de Evola e seus oráculos, ao entrevistar os mais destacados, caso de Steve Bannon, Alexandr Dugin e Olavo de Carvalho. O livro “Guerra pela Eternidade – O Retorno do Tradicionalismo e a Ascensão da Direita Populista” é a chave para conhecermos os detalhes e os bastidores da manipulação política que vem ocorrendo recentemente nos EUA de Trump, na Rússia de Putin, no Brasil de Bolsonaro com o avanço do NAZIFASCISMO.

No livro, o autor informa que foi em julho de 2014 que Steve Bannon expos pela primeira vez o trabalho de Julius Evola e seu engajamento com o tradicionalismo. Dois anos depois, Bannon dirigiu a campanha vitoriosa de Donald Trump para a presidência dos EUA e passou a ser o confidente político do presidente na Casa Branca. O pensamento extremista de Evola atinge na veia o coração do liberalismo e ganha projeção para influenciar outros pensadores e líderes mundiais. No Brasil, Olavo de Carvalho se torna o guru do bolsonarismo e na Rússia, Alexandr Dugin é o ideólogo de Putin. Os tentáculos do tradicionalismo influenciam a Europa e a América. Na Hungria, Grécia, Itália, Polonia, Áustria, Alemanha, França, Argentina, entre outros países, a extrema direita emerge com força total como nunca ocorreu nem mesmo na década de 20/30.

Trump, após um exilio político de quatro anos, retorna a Casa Branca ainda mais poderoso. Eleito com a maioria dos votos do povo e dos super delegados, com maioria no Congresso e na Suprema Corte, com a fidelidade canina das Big Techs, está com poderes imperiais. Sua palavra de ordem é “Make América Great Again, ou seja, fazer a América grande novamente resgatando a IDADE DE OURO. O fundamento filosófico do tradicionalismo de Evola, ecoa na boca do homem mais poderoso do planeta e o nazifascismo ganha um novo inimigo para chamar de seu. Nos EUA e na Europa o mal vem dos imigrantes, no Brasil e na Argentina, a esquerda se tornou o alvo.

Conforme a tese hindu dos ciclos da história e suas quatro idades (Ouro, Prata, Bronze e Ferro), nesta última, os valores morais declinam e a materialidade sobrepuja a espiritualidade. Os tradicionalistas entendem que estamos vivendo o fim da Idade de Ferro, período considerado sombrio e, portanto, o processo histórico de destruição – do liberalismo e da modernidade – deve ser acelerado para alcançar a terra prometida da Idade de Ouro da pré-modernidade, seja lá o que isso significa.

É fundamental que os democratas, os progressistas da esquerda e do centro tomem conhecimento dessa filosofia maléfica, reacionária e repugnante para que seja devidamente combatida. O tradicionalismo é alimento para mentes malignas que profanam e distorcem os preceitos espirituais da religação com Deus. Usam e abusam do termo espiritualidade para defender política autoritária, de destruição, dor e morte.

Numa das passagens do livro “Guerra pela Eternidade”, Benjamim Teitelbaum fica impactado com a resposta de Steve Bannon sobre a política anti-imigração que escalou para separação dos filhos, mesmo crianças, de seus pais na fronteira com o México. Aos olhos de Trump e de Bannon, o trauma pelo qual as crianças passariam durante tal experiência não era um dano incidental ou colateral. Ele era, justamente, o objetivo: vários oficiais da Casa Branca descreveram a separação como uma estratégia para “impedir” as travessias ilegais da fronteira. A política havia levado à detenção de mais de duas mil crianças em pouco mais de um mês, e a mais duas mil no mês seguinte.

Quando o clamor nacional e internacional atingiu seu auge, o presidente encerrou abruptamente as separações de famílias em 20 de junho de 2018, por meio de uma ordem executiva. Uma rendição desnecessária, disse Bannon. Segundo ele, se Trump tivesse aguentado apenas mais alguns dias, a atenção do público teria murchado e desviado para outra coisa, e as separações poderiam ter continuado. Esse nazifascista infeliz, precisa de uma mente muito maligna para enaltecer uma ação tão desumana. No entanto, durante a entrevista, citou sobre a espiritualidade em diversos momentos. Ou seja, deve ser o espirito do lado negro da força de Darth Sidios. O problema é que o mal seduz as mentes alienadas e perturbadas como as dos personagens Anakin Skywalker e Kylo Ren. Espero que o mundo real imite a arte ficcional da saga de Star Wars, onde a República dos Jedis derrota o Império fascista dos Sith.

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