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OPINIÃO: 8 de janeiro nunca mais – um ano da vitória da democracia

Redação, Portal Chuville

08 janeiro 2024

editado em 08 janeiro 2024

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Foto O Globo
guilherme

Opinião por:
Guilherme Luiz Weiler, ex-presidente do PSOL em Joinville

Falar de 8 de janeiro, um ano após aquele fatídico dia, é, ao mesmo tempo e namesma medida, desesperador e um grande alívio. O desespero vem porque, há um ano, existiam pessoas que publicamente falavam, sem vergonha alguma, que apenas um Golpe de Estado seria capaz de colocar o país no rumo certo – discurso que, aos que estudaram o mínimo de história, inevitavelmente remete à década de sessenta, quando o país teve sua democracia
furtada e passou a ser comandado por militares que saíram de cena apenas duas décadas depois.

O alívio, por outro lado, é grande porque as instituições brasileiras foram capazes de barrar a tentativa de golpe de milhares de brasileiros – entre eles, um grande número de catarinenses – que buscavam destruir a democracia em decorrência da frustração de não conseguir, pela primeira vez na história, reeleger um presidente da república.

A vitória de Lula, por isso mesmo, representou uma virada de chave importantíssima para a democracia brasileira. Quando a maioria do povo brasileiro escolheu dar fim ao Governo Bolsonaro, pode tê-lo feito por uma série de motivos (afinal, a gestão era mesmo um horror e o povo brasileiro queria voltar a ter esperanças num amanhã
melhor), mas certamente pesou muito o total apreço do agora inelegível pela democracia e pelas instituições.

Neste sentido, é importante que o 8 de janeiro vá além de imagens horrorosas e lamentáveis de milhares de extremistas agindo como terroristas ao depredar o patrimônio público na Capital Federal e tentar levar de assalto a democracia do nosso país. É essencial que se diga que aquele comportamento em Brasília se reflete, até hoje, em inúmeros militantes daquele campo político que continuam, em maior ou menor grau, tentando instalar seus projetos absolutamente antidemocráticos em todos os cantos do país.

Quando falamos neste grupo político, que se confunde entre o “bolsonarismo” e a extrema-direita (em que pese seja difícil diferenciá-los, uma vez que efetivamente são quase a mesma coisa até hoje), é preciso que estejamos atentos: eleger a turma do fascismo brasileiro nas câmaras municipais e prefeituras (já que estamos em ano de eleições locais) é dar carta branca a este mesmo projeto que vandalizou a história do país para que sigam sua jornada autoritária e se fortaleçam para tentar, daqui a dois anos, voltar a se apresentarem como uma opção viável de poder para a sociedade brasileira.

É preciso que se diga com todas as letras, e as urnas tem um papel importante nisso, que a sociedade rejeita os destemperados que incentivaram e/ou apoiaram os terroristas que tentaram minar a luta histórica dos que defenderam a democracia brasileira nos tempos mais sombrios de nossa história. Que este dia, 8 de janeiro, fique marcado na mente de todas e todos nós como o dia em que sim, derrotamos os golpistas, mas que seja um dia permanente de vigília e luta para que jamais voltemos a tolerar que esse tipo de gente esteja tão perto do
poder.

Meu desejo, portanto, é simples e sincero: que a democracia siga viva e se fortalecendo dia a dia e que os seus inimigos caiam, um por um.

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