Nesta quinta-feira (20), a Polícia Civil de Santa Catarina, através da Delegacia de Investigações Criminais (DIC) de Laguna, deflagrou a operação “Exspiravit” para apurar desvios de R$ 1,7 milhão do município de Pescaria Brava. A investigação aponta que, entre 2020 e 2022, um ex-agente político do município, em conluio com um empresário de Laguna, desviou verbas destinadas às Secretarias de Educação e Obras.
Os recursos, segundo a polícia, foram usados para pagar apadrinhados políticos e cabos eleitorais. Além do desvio, houve superfaturamento de contratos, com pagamentos inflacionados em até 50%. Exemplos incluem pagamentos ao pai de um vereador de Joinville, que raramente visitava Pescaria Brava. Os nomes não foram divulgados pela Polícia Civil.
A primeira operação foi realizada em novembro de 2023, tendo como alvo a Prefeitura de Pescaria Brava. A segunda ocorreu em janeiro, tendo como alvo imóveis do município de Joinville. A terceira fase, e que culminou na expedição de 20 mandados de busca e apreensão, foi executada nos municípios de Laguna, Pescaria Brava e Criciúma.
A operação envolveu policiais civis de diversas delegacias e resultou na execução de oito mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens totalizando R$ 1,7 milhão. Também foram apreendidos cinco veículos e dois imóveis em Tubarão e Laguna.
Esta é a quarta fase da operação, com fases anteriores executadas sigilosamente em Pescaria Brava, Joinville, Laguna e Criciúma. O nome “Exspiravit”, que significa “fantasma” em latim, reflete o uso de funcionários fantasmas no esquema de desvio de recursos públicos.