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Nível de aprendizagem no Brasil ainda não voltou aos patamares anteriores à pandemia

Estudo revela que o ensino fundamental brasileiro ainda não recuperou os níveis de qualidade anteriores à pandemia de Covid-19.

Redação, Portal Chuville

28 abril 2025

editado em 28 abril 2025

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Foto: Pixabay

Os impactos negativos da pandemia de Covid-19 na educação brasileira ainda não foram superados. É o que revelou uma pesquisa do Todos Pela Educação, intitulada “Aprendizagem na Educação Básica: Situação Brasileira no Pós-Pandemia” e divulgada nesta segunda-feira (28). Ela diz que, apesar de uma certa recuperação nos níveis de aprendizado nos últimos anos, o país ainda não conseguiu retornar aos patamares de 2019, anteriores à crise sanitária. O estudo, que se baseia nos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio nas disciplinas de matemática e língua portuguesa, demonstra que o desempenho de 2023 em todas as etapas da educação básica permanece inferior aos níveis registrados em 2019. Adicionalmente, a pesquisa aponta para o acirramento das desigualdades educacionais que já existiam antes.

Em relação ao 5º ano do ensino fundamental, os dados de 2023 indicam que 55,1% dos estudantes apresentaram aprendizado adequado em língua portuguesa e 43,5% em matemática, enquanto em 2019 esses percentuais eram de 56,5% e 46,7%, respectivamente.

No 9º ano do ensino fundamental, em 2023, verificou-se que 35,9% dos alunos demonstraram aprendizado adequado em língua portuguesa e apenas 16,5% em matemática. Em comparação, os índices de 2019 eram de 35,9% e 18,4%.

No ensino médio, em 2023, 32,4% dos estudantes alcançaram o nível de aprendizado adequado em língua portuguesa e somente 5,2% em matemática. Em 2019, antes da pandemia, essas taxas correspondiam a 33,5% e 6,9%, respectivamente.

O estudo também traz à luz a persistência e, em alguns casos, o aprofundamento das disparidades preexistentes entre diferentes grupos raciais e socioeconômicos, bem como entre as diversas unidades federativas do país. As desigualdades raciais no aprendizado, conforme salientado na publicação, apresentavam-se mais acentuadas em 2023 em relação a 2013.

Em 2013, no 5º ano do ensino fundamental, a diferença no percentual de estudantes com aprendizado adequado entre brancos/amarelos e pretos/pardos/indígenas era de 7,9 pontos percentuais em língua portuguesa e 8,6 pontos percentuais em matemática. Em 2023, após a pandemia, essas disparidades se ampliaram para 8,2 e 9,5 pontos percentuais, respectivamente.

No ensino médio, ao final da educação básica, as desigualdades também se mantiveram. A distância entre estudantes brancos/amarelos e pretos/pardos/indígenas em língua portuguesa aumentou de 11,1 pontos percentuais em 2013 para 14 pontos percentuais em 2023. Em matemática, no mesmo período, essa diferença passou de 4,4 para 3,9 pontos percentuais.

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