Quem está abastecendo o carro ou moto com gasolina nesta semana está tendo uma conta mais salgada. O preço médio do litro, que até a semana passada era de R$ 5,45, agora está cerca de R$ 0,35 mais caro. Como o combustível sofre a volatilidade de mercado, aumentando ou baixando de preço, para a surpresa do joinvilense, não houve qualquer anúncio de reajuste feito pela Petrobras nos últimos dias. Mas então, por que os postos da cidade elevaram seus preços ao mesmo tempo?
O motorista João Santos conta que enche o tanque do carro duas vezes por semana. E faz isso sempre em dois postos diferentes: um no bairro Bom Retiro e outro no Floresta. Nesta semana, ao abastecer em um deles, estranhou o aumento e reclamou com o frentista. “A resposta dele me surpreendeu: por eu estar usando uma calça da mesma cor do uniforme da Polícia Militar, falou pra mim que por eu ser da polícia, ele confiava em contar que os postos combinaram os preços entre si, aumentando o preço”, lembra.
Outro motorista, Valdir Bittencourt, disse que já percebeu que há aumento de preço quando se aproxima de fins de semana, feriados ou épocas de pagamento, depois tudo abaixa de novo e sem reajuste oficial anunciado pela Petrobras.
Sindicato afirma que precisou alcançar “margem saudável”
Procurado por esta reportagem, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Santa Catarina (SCPetro) respondeu por nota que os preços variam para cima e para baixo não somente quando a Petrobras determina, mas também quando os custos operacionais se alteram e quando a concorrência obriga a acompanhar a margem de lucro.
“É necessário levar em conta que é urgente manter a saúde financeira do empreendimento, por isso, a decisão gerencial é buscar alcançar margem saudável, apesar da acirrada concorrência”, afirmou a categoria.
O Chuville Notícias questionou quais custos operacionais justificam a mudança de preço, mas o Sindicato não quis responder esta pergunta.
Procon de Joinville afirma que também questionou a subida de preço
O aumento de preço sem reajuste da Petrobras também foi percebida pelo Procon de Joinville, órgão responsável pela fiscalização. O Procon disse que questionou o SCPetro a respeito e ainda aguarda respostas.
Segundo a pesquisa de preço mensal, divulgada pelo Procon nesta sexta-feira (15), houve redução de 1,62% em relação a novembro. O litro do etanol e diesel também tiveram redução de 6,59% e 0,55% respectivamente.
“Vale, no entanto, ressaltar que a legislação brasileira não prevê nenhum tipo de tabelação de preços de combustíveis no país. A orientação aos consumidores é pesquisar e optar por abastecer no posto que tiver a melhor oferta. Por isso, as pesquisas realizadas são tão importantes”, disse o órgão por meio de nota.
Gasolina varia de preço na região
Em Jaraguá do Sul o preço do litro da gasolina está sendo vendido a R$ 5,19 nesta sexta-feira. Já em São Francisco do Sul o mesmo litro está custando R$ 5,89. Em uma rápida pesquisa de preço, o Chuville Notícias constatou que também não houve reajuste na última semana nestas cidades.
Respostas de 4
Engraçado que anos atrás Procon sempre estava atuando coercitivamente sobre os carteis. agora? estão pouco se importando com as denúncias, tanto que, como se vê da reportagem, “ainda aguarda respostas”, “A orientação aos consumidores é pesquisar”, ou seja, se virem!.
Uma vergonha isso!
Reajuste sem justificativa e com uma diferença gritante para outras cidades.
Se pegar a BR101 e ir em um posto aqui do lado vc paga R$ 0,60 mais barato.
Será Que Existe Cartel Em Joinville??
Já não é de hoje, há muito tempo existe um cartel nos preços dos combustíveis em Joinville. Simplesmente não há concorrência, mesmo com a quantidade de postos localizados na cidade, todos praticam basicamente o mesmo preço, variando indisfarcadamente centavos na segunda casa apósa vírgula. Faz-se mais que necessário uma autuação sobre estes tristes!!!
Vergonha! E Ninguém nos defende.
Como viajamos bastante, normalmente abasteço no posto Ferreti, perto de Piçarras ou em São Bento do Sul quando subimos a serra. A diferença é tão grande que quase compensa a viagem mesmo para quem não tem parentes nas cidades.