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Mães relatam agressão de professora aos alunos de CEI de Joinville

Ao menos três mães relataram problemas parecidos no CEI Miraci Dereti, no bairro Espinheiros. Professora acusada foi trocada de escola.

Redação, Portal Chuville

27 setembro 2024

editado em 27 setembro 2024

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Foto: Google Maps

O Chuville Notícias foi procurado por um grupo de mães de crianças matriculadas no Centro de Educação Infantil Miraci Direti, localizado no bairro Espinheiros. Ao menos três mães relataram problemas parecidos, relacionando agressão de uma professora contra seus alunos em sala de aula. As situações estariam acontecendo desde o ano passado, sendo o último caso neste mês. Nenhuma delas quis se identificar, mas uma delas chegou a registrar Boletim de Ocorrência contra a professora. As crianças tem de quatro a cinco anos de idade.

Vômitos e desespero ao ir para a escola

A mãe de uma das crianças afirma que começou a achar estranho, em fevereiro deste ano, quando o CEI chamou para buscar seu filho. Ele teria vomitado na roupa e estava chorando. Com sintomas de febre no dia seguinte, ela chegou a levar o menino no médico. O pediatra nada constatou nos exames, disse apenas que poderiam ser sintomas emocionais, pedindo então que a situação fosse monitorada.

Nos dias que se seguiram, o menino começou a apresentar cada vez mais crises de choro e vômito, pedindo para não voltar mais à escola. “Voltei no médico, ele deu mais 10 dias de atestado, mas quando era para voltar pra aula, ele chorava e vomitada de novo, dizendo que não queria ir. Eu perguntava o que tinha acontecido, mas ele dizia não saber”.

O garoto chegou a fazer tratamento com psicólogo para ajudar a descobrir o que estaria acontecendo. Na mesma turminha havia uma aluna autista e o garoto contou então que a professora havia batido na testa da menina com autismo e, em outro momento, bateu e apertou seu braço só porque ele não queria desenhar.

“Eu tirei ele do CEI e hoje, só de passar em frente ele já entra em crise de choro e desespero. É muito revoltante isso”, comenta.

“Botou meu filho de castigo porque não quis fazer atividade”

Outra mãe relatou que em novembro de 2023 teve problemas parecidos com a mesma professora e seu filho. Ela chegou a reclamar na direção do CEI, e que depois disso as coisas tinham melhorado. Porém em junho deste ano, outro incidente aconteceu e, desta vez, não houve outra solução senão pedir para a professora ser afastada da escola.

Ela relata que seu filho começou a chorar porque não queria fazer as atividades propostas e que não queria mais voltar ao CEI. A mãe perguntava o que tinha acontecido e a criança dizia que não sabia. Mais tarde, com insistência, o menino contou que a professora pegava a mão da criança e forçava a fazer as tarefas. Um dia, ela teria tirado a criança da mesa onde estava sentado com outro alunos e o colocou de castigo sentado ao lado dela. Tudo porque ele teria se recusado a fazer as atividades. “Ele disse que não queria mais voltar à escola porque tinha medo da professora”, disse a mãe.

“Cheguei a registrar Boletim de Ocorrência”

O caso mais recente foi de outra mãe, no início deste mês. O menino também começou a chorar, dizendo que não queria mais voltar à escola. Quando perguntado por que, ele contou que a professora tinha batido nele. A mãe então pediu que o filho mostrasse como a professora tinha feito, foi então que a criança bateu na testa da mãe.

“Não pensei duas vezes, fui na delegacia e registrei Boletim de Ocorrência contra essa professora, fui na direção e cobrei que ela fosse afastada. Foi então que a diretora me garantiu que seria feito um procedimento administrativo”, conta.

Prefeitura diz que a professora foi trocada de CEI

Procurada por esta reportagem, a assessoria de imprensa da prefeitura de Joinville informou que está em andamento um processo administativo para investigar os fatos das denúncias. A professora teria sido afastada do CEI Miraci Dereti, mas teria sido deslocada para outra unidade escolar. Quando questionada para onde ela teria ido, a resposta da assessoria foi: “Não vamos divulgar informações que possam ajudar a identificar a professora ou alunos. A situação está sendo monitorada bem de perto pela Secretaria de Educação”.

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