Por Sinsej – Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville
Foi confirmada na última 6ª feira (14) a 34ª morte por Dengue na cidade de Joinville. Com isso, nossa cidade assume a liderança nacional de mortes pela doença no Brasil. Triste título que mancha a pujança econômica da “Manchester Catarinense”.
A cidade registra mais de 27.700 casos e é disparada a cidade mais afetada pela dengue em Santa Catarina e no Brasil. Joinville supera os óbitos de 21 estados do país.
Esses números incompatíveis com a importância econômica da cidade, é fruto da ausência de política preventiva contra a doença. Em 2022, o prefeito Adriano Silva (Novo) foi alertado pelo Ministério da Saúde sobre uma possível epidemia de Dengue no município. Porém, pouco se avançou.
Não houve contratação suficiente de Agentes Comunitários de Endemias (ACEs). Eram para ser 300 e hoje não passa de 70 servidores pra dar conta do trabalho.
Foram poucas campanhas preventivas com orientação à população sobre como evitar focos do mosquito. Será que a prefeitura fez a fiscalização de terrenos baldios e tomou os cuidados com bueiros e bocas de lobo? Afinal, essas são funções do poder público.
Não há justificativa para números tão altos, ainda mais se compararmos com os outros anos. Joinville está batendo seus próprios recordes de casos e mortes. Uma marca negativa para a maior cidade catarinense.
Além desta situação já ser ruim por si só, ela ainda afeta o sistema público de saúde, que vive situação caótica por conta destes números. Com poucos servidores para atender a população, as unidades básicas de saúde já sofriam com grandes filas desde o fim da pandemia da Covid-19.
Já passou da hora de ser lançado um concurso público para garantir o atendimento de qualidade à população. Além disso, é preciso que sejam definidas medidas de prevenção e combate eficientes à Dengue. O título de cidade campeã de mortes no país não é algo a se comemorar.