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Irregularidades e até “balada” dentro de escola são denunciadas em Joinville

Professores de uma escola do bairro Floresta afirmam que situações acontecem há algum tempo com anuência da direção.

Redação, Portal Chuville

29 maio 2025

editado em 30 maio 2025

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Escola fica no bairro Floresta, zona sul de Joinville. Foto retirada do Google Maps

O ambiente exclusivamente escolar deixou de ser uma regra para virar exceção. É o que afirmam alguns professores da Escola Estadual Dom Pio de Freitas, no bairro Floresta. Os profissionais, que não quiserem ser identificados por medo de represálias, procuraram o Chuville Notícias para relatar o que estaria acontecendo há algum tempo.

Irregularidades como troca de serviços por dados dos alunos, venda de produtos e serviços em sala de aula e até “balada” em ambiente escolar são exemplos.

Segundo relatos destes professores, uma empresa de formaturas foi até a escola oferecer seus serviços aos formandos de 2026. Alunos do segundo ano do ensino médio teriam sido conduzidos pelo auxiliar de direção à sala de informática para serem escolhidos os representantes da festa. Assim, na semana passada teria ocorrido o “Dia D”, com uma mini festa durante o horário de aula, desrespeitando inclusive a Lei nº 19.233/25, que proíbe a execução de músicas de cunho erótico, sexual ou de apologia ao crime dentro de escolas estaduais. A Lei foi sancionada pelo governador Jorginho Mello (PL) em janeiro deste ano, cabendo às unidades escolares sua devida fiscalização.

“Essa empresa de formatura ofereceu inúmeras vantagens, como sorteio de Iphone, usaram a sala de informática indevidamente, porque para os professores o uso precisa ser agendado com uma semana de antecedência”, contou um dos professores da unidade.

Print retirado de um dos grupos que circulam na escola.

Vendas de produtos e serviços também seriam recorrentes, como mostra um trecho de conversa no print acima. Empresas de oftalmologia que fazem avaliação nos alunos e consequentemente venda de óculos, empresa de curso profissionalizante que teria ido à escola palestrar, captar dados dos alunos para o sorteio de um tablet, também são exemplos trazidos pelos professores.

“No ano passado trabalhei em uma escola do Itinga e vi esse pessoal por lá fazendo a mesma coisa, no fundo é só venda de curso mesmo porque nunca vi este tipo de prêmio. Tudo isso é sem o consentimento dos pais”, afirmou outro professor.

Secretaria de Estado da Educação não soube responder

Procurada por esta reportagem na segunda-feira (26), a Coordenadora Regional de Educação, Sônia Paul, se mostrou surpresa com o relato dos professores e pediu tempo até o dia seguinte, de forma a conversar com a direção da escola Dom Pio de Freitas. Já na terça questionamos a coordenadora, que nada nos respondeu. Já ontem (quarta-feira), cobramos novamente a resposta oficial da Secretaria Estadual de Educação, a qual garantiu que até o fim da tarde teria resposta. Hoje, final de quinta-feira, o retorno ainda não aconteceu.

O Chuville Notícias também procurou a empresa responsável pela organização de formatura dos alunos do ensino médio. A recepcionista confirmou que houve sessão de fotos na semana passada na escola, mas não soube responder em relação à suposta “balada” que teria ocorrido durante a aula. Ela disse, no início da tarde, que conversaria com a direção da escola e nos retornaria, o que até o fechamento desta matéria não aconteceu.

NOTA DO EDITOR: Após a publicação desta reportagem na quinta-feira (29), hoje (30) a Coordenação Regional de Educação retornou com a resposta a respeito das denúncias. Segue na íntegra:

“A Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Joinville lamenta a situação e todas as providências cabíveis e legais estão sendo tomadas”.

Este espaço seguirá aberto para a manifestação da empresa de formaturas citada na denúncia dos professores.

Respostas de 2

  1. Isso acontece há muito tempo. Quando estudei no Celso Ramos em 2017/2018 entrava empresa oferecendo curso profissionalizante, formatura e afins. Curioso que alunos que faziam coisas pra vender e ter renda extra eram coibidos. Mas o pior foi na última eleição, que recebi em casa, no meu nome, panfleto da candidata Claudete, do PL, que foi diretora do Celso Ramos. Nunca me cadastrei em nada dela, então presumo que ela tenha usado a base de dados dos alunos pra enviar material de campanha direcionado

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