Um inquérito policial foi instaurado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) para investigar o crime de racismo cometido pela Guarda Municipal em Joinville. Segundo o despacho do MP-SC, um jovem negro de 13 anos teve a mochila revistada pelos agentes por suspeita do uso de drogas próximo à Escola Municipal João de Oliveira, no bairro Fátima, em 30 de maio deste ano.
Na época, a Guarda Municipal recebeu a ligação de moradores locais, denunciando um grupo de estudantes que estariam fumando maconha atrás de um estabelecimento comercial perto da escola. Contudo, o adolescente foi revistado mesmo após os outros estudantes afirmarem que ele não estava no mencionado grupo que usava drogas naquela situação.
Ao fim da revista pessoal, a guarnição abordou os alunos e não encontrou nada de ilícito. Apenas na mochila de um dos alunos percebeu-se um cheiro forte de maconha.
Segundo a Corregedoria da Guarda Municipal de Joinville, a conduta dos servidores envolvidos foi pautada nos procedimentos legais e visou garantir a segurança da comunidade escolar, respeitados os direitos individuais de todos os envolvidos, não havendo circunstâncias que indicassem a prática de racismo. A Guarda Municipal alega que conseguiu imagens de câmeras que indicavam que a vítima tinha vindo de sua casa e não do local onde os demais estudantes estavam, porém, da mesma direção.
Para o MP-SC, não existem provas cabais, como imagens de monitoramento que flagrem a situação, para o crime de racismo ou que comprove que o aluno estava junto com os outros estudantes suspeito. Pela falta de provas das duas versões, o MP-SC determinou a continuação das investigações e a instauração de um inquérito policial.
Uma resposta
1) lembro da PM revistar só o menino negro na saída da faculdade, quando eu estudava. Mas a traficante era uma moça loira.