A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) deflagraram, na manhã desta quarta-feira, a terceira fase da Operação Falso Profeta. A ação cumpriu um mandado de busca e apreensão na zona sul da cidade.
Durante a operação, foram apreendidos celulares e computadores portáteis pertencentes a um dos investigados, um influenciador digital suspeito de integrar uma organização criminosa que atuava em todo o país.
O grupo utilizava líderes religiosos para convencer as vítimas a fazerem investimentos fraudulentos. Em alguns casos, os criminosos prometiam transformar depósitos de R$ 25 em um lucro de um octilhão de reais – um número com 27 zeros. Outra oferta prometia que um “investimento” de R$ 2.000 poderia render 350 bilhões de centilhões de euros.
As autoridades estimam que mais de 50 mil pessoas tenham sido vítimas do esquema, tanto no Brasil quanto no exterior.
O grupo já teria movimentado cerca de R$ 156 milhões por meio de crimes como estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem tributária.
Além das buscas, a operação também cumpriu uma ordem de bloqueio de bens e proibição de acesso às redes sociais para os investigados. As diligências ocorreram simultaneamente em outros seis estados, sob a coordenação da PCDF, responsável pelo inquérito.
A ação, coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/DF), pela Delegacia de Combate a Estelionatos (DCE/DIC/Joinville) e pela 5ª Delegacia de Polícia de Joinville.