Com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) de 45.630 novos casos a cada ano entre 2023 e 2025, o câncer colorretal já conta com avanços no tratamento. “As novidades no tratamento deste tipo de câncer estão relacionadas ao uso da imunoterapia, que traz excelentes resultados, principalmente comparada à quimioterapia e quando indicada corretamente”, afirma o médico oncologista Dr. Lucas Espíndola, da Oncoclínicas na Grande Florianópolis. A imunoterapia pode ser uma alternativa para fases tanto precoces, quanto nas mais avançadas da doença. “O tratamento deve considerar não apenas o diagnóstico, mas também a origem da doença em ocorrências familiares”.
Os principais sintomas são fezes cada vez mais finas e/ou que apresentem sangue, dificuldade progressiva para evacuar, dor e distensão na barriga. O Dr. Espíndola informa que, infelizmente, cada vez mais o diagnóstico chega para pacientes mais jovens, por volta dos 40 anos. As causas ainda são bastante discutidas. No entanto, provavelmente trata-se de uma combinação de dieta rica em conservantes, gorduras saturadas e outros alimentos não saudáveis, além do sedentarismo.
De acordo com o oncologista, o rastreamento é indicado a partir dos 45 anos de idade por meio de colonoscopia. “Esta idade deve ser reduzida se houver familiares com câncer de cólon antes dos 55 anos ou com câncer relacionado a síndromes genéticas, algo que requer testagem genética”, complementa.
Prevenção
Além de realizar a colonoscopia na idade indicada, o Inca destaca que os cânceres de cólon e reto apresentam alto potencial para prevenção primária. Por isso, as pessoas devem manter hábitos de vida e alimentação saudáveis e praticar exercícios físicos já que os principais fatores de risco estão associados ao comportamento, como sedentarismo, obesidade, uso regular de álcool e tabaco e baixo consumo de fibras, frutas, vegetais e carnes magras.