Os funcionários da Companhia de Eletricidade do Estado, a Celesc, entraram em greve em 12/08, alegando uma alteração na proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da empresa, que privilegia cargos de gerência e chefia, além de várias outras pautas relacionadas à categoria.
O Sindinorte, sindicato que representa os funcionários, alega não ter havido retorno de uma proposta para o acordo coletivo sobre a PLR de 2024, discutida em 2023. Outro ponto de insatisfação é o suposto sucateamento da Celesc pelo Estado, o que, segundo o diretor do sindicato, Jair Fonseca, precariza o serviço e serve como estímulo a uma futura privatização.
Um dos principais pontos de insatisfação foi o pagamento da PLR baseado na lógica da proporcionalidade, que prioriza os maiores salários: quem ganha mais, recebe mais. O sindicato argumenta que essa lógica é utilizada em instituições privadas e enfraquece a linearidade que a categoria exige.
O sindicato também informa que o governo, através da Celesc, tenta fomentar uma negociação que nunca existiu, pois não abre diálogo com os funcionários. Segundo o sindicato, supostas propostas são plantadas na internet para desmobilizar e descaracterizar a greve.
Não há uma data prevista para o término da greve, mas há uma reunião agendada com a diretoria da Celesc, marcada para terça-feira, dia 13/08. Se o impasse continuar, a tendência é de que a paralisação siga adiante.
De acordo com o diretor do sindicato, os atendimentos emergenciais continuarão sendo realizados, mas serviços de ligação e corte não serão efetuados, assim como não haverá atendimentos nas lojas físicas. Os clientes são instruídos a utilizar os canais de atendimento pela internet e WhatsApp.
A Celesc emitiu uma nota informando que estabeleceu diálogo com dois grupos sindicais e que somente a Intercel (representada pelo Sindinorte) não quis aceitar qualquer proposta de modificação na forma de distribuição da PLR, diferente do grupo formado pela Intersindical. Veja a íntegra da nota da Celesc aqui.