Bom programa para este domingão, hein? Você pode ir às 15h, no Galpão de Teatro da Ajote – Associação Joinvilense de Teatro, na Cidadela Cultural Antárctica, na XV ou às 20h, no Teatro do Sesc, na Itaiópolis, todos são com entrada gratuita.
A arte de contar histórias pela oralidade, uma herança que remonta a tempos antiquíssimos e atravessa gerações, a despeito dos avanços tecnológicos, faz de Joinville sua morada outra vez. O evento começou na última sexta e continua,
Depois de uma bem sucedida estreia em 2023, o Teias de Ananse – Encontro de Contadores de Histórias retorna a Joinville, em 2025, para uma segunda edição, em diversos locais da cidade.
Até o dia 13, o festival reunirá 21 espetáculos de cinco estados, além de oficinas e roda de conversa, numa programação gratuita cheia de narrativas para tocar corações, despertar memórias e, claro, aguçar a imaginação.
Sobre o nome do evento
O nome do evento vem da lenda de Ananse, um deus metade homem, metade aranha que, com astúcia, consegue trazer para a Terra o baú repleto de histórias do deus Nyame e espalhá-las pelos quatro cantos do mundo. Desse baú imaginário sairão também as histórias desta segunda edição, vindas de São Paulo, São José do Rio Preto (SP), São Bernardo do Campo (SP), Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Joinville, Rio do Sul, Chapecó e Florianópolis.
Contos de assombração, causos contados com a viola, contos afro-brasileiros, contos com representatividade feminina, contos eróticos (que fizeram sucesso na primeira edição), contos com capoeira, contos para relembrar a infância e imaginação, as temáticas desta edição são as mais variadas possíveis. E não só os temas, mas o modo de narrar também será variado, tanto é que um dos destaques é o espetáculo “Percursos Afetivos”, do curitibano Cadu Cinelli, uma narração itinerante que aconteceu neste sábado (5) e foi feita de bicicleta do galpão da Ajote até o Parque da Cidade.
Outra novidade desta edição é que, das três oficinas oferecidas, uma é online, o que permitirá a participação de qualquer pessoa em qualquer lugar: “A Paixão Pela Palavra – Escuta e Criação”, com Kiara Terra, narradora nascida em São Paulo que atualmente faz doutorado em Portugal.
“Neste ano realizaremos uma roda de conversa sobre possibilidades da oralidade na arte e na educação, que será ofertada aos mediadores de leitura de Joinville, mas aberta ao público geral, justamente para pensarmos essa arte do conto oral dentro das cidades, que ultrapassa as barreiras do incentivo à leitura e da faixa etária jovem”, explica Sônia Biscaia, criadora e coordenadora do festival.
Segundo ela, a primeira edição do Teias de Ananse foi gratificante e fez muitas pessoas encararem a contação de histórias com um olhar que não é só o do recurso pedagógico. Por sinal, o espetáculo de 2023 que mais chamou a atenção nas redes sociais foi o de contos para adultos.
Nesta edição, os maiores de 18 anos poderão conferir “Concha de Deleites”, que a paulista Drika Nunes apresenta na Ajote no dia 11.
Hoje (domingo)
Hoje, às 15 horas, com entrada gratuita, tem A janela e o espelho: contos para mergulhar com com Yohana Ciotti e Letícia Liesenfeld , de São Paulo/SP.
As atrizes e contadoras de histórias apresentam contos tradicionais pouco conhecidos do grande público e que contêm uma forte simbologia relacionada aos elementos da natureza. Neles a água é o elemento central e desencadeador dos acontecimentos. Fontes, lagos e mares subterrâneos provocam a imaginação e despertam novos olhares; tanto para uma paisagem na janela, quanto garante, através do nosso próprio reflexo, uma imagem de nós mesmos
O 2º Teias de Ananse – Encontro de Contadores de Histórias é uma realização da Cia. Som de Vento, da Fundação Catarinense de Cultura e do Governo de Santa Catarina, por meio do programa de Incentivo à Cultura (PIC). Tem apoio da Prefeitura de Joinville, do Sesc, Fecomércio e Senac e patrocínio da Tigre e do Instituto Carlos Roberto Hansen.
As apresentações são em vários locais da cidade e em vários horários. Veja a programação em: https://www.instagram.com/teiasdeananse/
Com texto de Rubens Herbst
Endereço:
Galpão e Teatro da Ajote
Cidadela Cultural Antártica
R. XV de Novembro, 1383
