Enquanto a saúde pública segue em colapso e a prefeitura brinca de “reforma” com cara de cabide de emprego, os bastidores da política se movem com força total. Em Joinville e Araquari, nomes conhecidos surgem, partidos se reorganizam e motores já estão ligados para as próximas disputas. Tem gente séria entrando no jogo — e tem velho discurso vestido de NOVO tentando se reciclar. A corrida começou, as máscaras caem, e como sempre… estamos de olho!
O NOVO que já nasceu velho
Essa semana, o prefeito Adriano do NOVO resolveu tirar da gaveta sua tão esperada Reforma Administrativa. Esperada por quem, não se sabe — talvez só pelos aliados ansiosos por um carguinho. O que se viu foi um espetáculo tragicômico: um pacote de velhas práticas maquiadas de modernidade, com cara de mudança, mas cheiro de mofo político.
Lembra daquele discurso bonito de 2020? “Menos Estado, mais eficiência”, “contra a criação de cargos”, “fim da politicagem”? Pois é. Agora parece que o NOVO ficou velho, caduco e esquecido das promessas que o elegeram. Criar novas estruturas com cara de cabide de emprego e aumentar o custo da máquina pública virou, convenientemente, reforma. Bonito, né?
A incoerência é tanta que até parece piada. O partido que vivia apontando o dedo para os “políticos de sempre” agora parece ter feito um curso intensivo com eles. Aprenderam direitinho como inchar a prefeitura com pastas novas, cargos comissionados e nomeações que cheiram mais à barganha política do que à gestão técnica.
E o mais engraçado (ou irritante) é ver o malabarismo verbal para justificar o injustificável. É “reorganização”, “readequação estratégica”, “visão de futuro”. Só faltou dizer que estão criando cargos para “combater a inflação” ou “melhorar a autoestima do contribuinte”.
Joinville não precisa de maquiagem institucional. Precisa de gestão de verdade, com coragem para cortar onde é preciso, e não para criar estruturas que soam como agrado à base e moeda de troca futura.
O NOVO, pelo visto virou só uma embalagem bonita para a mesma política de sempre. Trocaram o discurso da eficiência pela prática da conveniência.
Estamos de olho. Porque prometer ser diferente e acabar igualzinho é mais do mesmo — com rótulo premium.
“Joinville: a cidade das rodas quadradas”
Essa semana, o “Véio da Havan”, Luciano Hang, resolveu abrir o bico e dizer o que todo empresário joinvilense já sabe de cor: lidar com a burocracia da prefeitura de Joinville é como tentar andar de bicicleta com rodas quadradas — só dá tranco. Hang, em seu estilo espalhafatoso de sempre, chamou a prefeitura de manicômio. E olha… por mais caricato que pareça, tem horas que é difícil discordar.
Joinville tem a vocação estranha de complicar o simples. É como se existisse um departamento específico só para travar a vida de quem tenta gerar emprego, renda ou desenvolvimento. Projetos engavetados, licenças que demoram mais que obra pública e uma papelada sem fim — tudo com um tempero de desprezo burocrático e um leve toque de “volte amanhã”.
E aí vem o prefeito Adriano Silva, também conhecido como “Bombeiro que apaga fogo com gasolina”, gravar um vídeo-resposta com aquela desculpinha ensaiada de quem já sabe que perdeu no grito. Rebateu o empresário com uma mistura de vaidade ferida e negação institucional. Em vez de admitir que a máquina pública está emperrada, preferiu o caminho da egolatria política. Joinville merece mais do que um prefeito que grava reels em vez de resolver problemas reais.
E o mais divertido (ou trágico, dependendo do ponto de vista) são os comentários nas redes sociais. O povo, cansado de tanta enrolação, virou roteirista de comédia involuntária. Tem de tudo: desde quem sugere que a prefeitura seja terceirizada para a Havan, até quem pede para que o Véio da Havan assuma o Urbanismo, já que pelo menos as lojas dele saem do papel.
A verdade é que Hang gritou o óbvio: o rei está nu. A burocracia joinvilense não é só um problema — é uma cultura. E enquanto os gabinetes se preocupam com respostas midiáticas e postagens com filtro, a cidade afunda no lamaçal da ineficiência.
Se o prefeito quer mesmo rebater o empresário, que faça com atos, não com falas. E se Luciano Hang quer ajudar Joinville, que continue sendo o megafone que escancara os bastidores de uma cidade que adora dizer que é a Manchester Catarinense, mas se comporta como um cartório dos anos 80.
Enquanto isso, seguimos nós: reféns de protocolos, esperando a próxima novela institucional da semana. Porque em Joinville, o absurdo virou rotina — e a piada, infelizmente, é sempre com a cara do povo.
Quando o doce deixa gosto amargo
O ex-padre Fábio de Melo esteve recentemente em Joinville para um show e, como bom apreciador das coisas simples, deu uma passada em um shopping da cidade, onde visitou uma tradicional loja de doces. Mas o que era pra ser uma visita rápida e doce, acabou virando amargo — e público.
Nas redes sociais, o artista reclamou da forma como foi tratado por um gerente da loja. Em pouco tempo, o vídeo repercutiu, gerou indignação e… demissão. Sim, a corda, mais uma vez, arrebentou do lado mais fraco. O funcionário desligado afirma que não foi rude em nenhum momento e que tudo não passou de um mal-entendido.
O caso, como tantos outros, revela um problema recorrente: a rapidez com que empresas reagem à pressão virtual, nem sempre com o devido cuidado ou escuta dos dois lados. A opinião pública virou tribunal, e quem está no balcão — literalmente — quase nunca tem direito à defesa.
Fábio de Melo, figura admirada por muitos justamente por sua sensibilidade e empatia, talvez não tenha se dado conta do peso que suas palavras carregam quando ditas diante de uma câmera. E a empresa, ao agir prontamente, pode ter buscado proteger a marca, mas deixou para trás uma dúvida importante: será que ouviu com atenção quem mais precisava ser escutado?
Seguimos de olho. Porque gentileza, empatia e equilíbrio precisam valer para todos — dos palcos aos balcões.
Caos na saúde, rotina na dor
Para variar — e infelizmente já virou rotina — a saúde pública de Joinville continua em colapso. UPA’s lotadas, hospitais cheios até os corredores, unidades em reforma que mais atrapalham do que ajudam, e as UBS’s… essas, quando não estão com agenda lotada, estão sem médico, sem insumo ou sem direção.
Tudo complicado. Tudo travado. Tudo longe do discurso de “cidade que funciona”.
Diante de tanto desgoverno e descaso, a pergunta que ecoa pelos corredores abafados das unidades de saúde é uma só: será que o objetivo é deixar tudo tão ruim a ponto de justificar a privatização? Porque quando o caos é constante, a solução empacotada e vendida como “parceria público-privada” aparece como salvadora — mas, quase sempre, sai caro para o povo e confortável para os contratos.
Enquanto isso, quem sofre — como sempre — é o mais vulnerável. O trabalhador que não tem plano de saúde. A mãe que espera horas com o filho no colo. O idoso que precisa de exame e ouve “volta mês que vem”. A gente invisível para os discursos, mas muito real na fila.
Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, tem estrutura de cidade grande, mas gestão de improviso. O caos da saúde não é acidente. É negligência repetida. É ausência de prioridade. É a conta sendo empurrada para quem não pode pagar.
Estamos de olho. Porque cuidar da saúde é obrigação, não favor — e a dor do povo não pode ser plano de governo.
Em Araquari, os motores de Clenilton já estão ligados
Ele já foi prefeito, deixou marca e fez história em Araquari com uma gestão com resultados que falam por si. Agora, o ex-prefeito Clenilton Pereira que não apenas trabalhou, mas também teve força política para eleger seu sucessor está de volta ao jogo. E voltou com o motor ligado, acelerando rumo a mais uma disputa.
Discreto, mas estratégico, ele já iniciou a pré-campanha com organização. Criando grupos de WhatsApp, reunindo lideranças, ouvindo a comunidade e reorganizando sua base de apoio, ele mostra que está longe de ser apenas um nome nostálgico do passado. É presença ativa no presente e projeto consolidado para o futuro.
Quem acompanha os bastidores políticos da região sabe: quando esse ex-prefeito entra em campo, não é para brincar. Sua experiência, popularidade e capacidade de articulação fazem dele um dos nomes mais fortes no cenário local. Araquari vive um momento de expectativas. Estamos de olho.
AVANTE de Araquari com novo comando e olhos no futuro
Ventos de renovação estão soprando no AVANTE de Araquari. Sob nova direção, o partido inicia uma nova fase com a missão clara de se fortalecer e se preparar para disputar com peso as eleições de 2028. A professora Paula Lima assume a presidência com firmeza e visão estratégica, prometendo organização, base sólida e muita articulação.
Ao seu lado, um time que representa o comprometimento com o crescimento partidário: Paulo Sérgio como vice-presidente, Roseane Silva como secretária-geral, Ereni da Costa como primeira secretária e Eduardo Lopes como tesoureiro. Um grupo plural, com experiência, energia e disposição para o trabalho de base que realmente constrói um partido.
Embora o foco seja 2028, Paula Lima não descarta a possibilidade de participação do AVANTE já em 2026, caso o cenário estadual ou federal abra espaço para uma candidatura representativa da região.
O AVANTE de Araquari entra em campo com organização e propósito. E como sempre, estamos de olho.
Nomes de peso no radar das eleições
O cenário político em Joinville começa a esquentar nos bastidores e os convites para 2026 já começaram a circular entre nomes conhecidos da cidade. Entre os que estão sendo sondados para disputar as próximas eleições estão figuras respeitadas e com trajetória consolidada em suas áreas.
O comunicador e radialista Osman Lincoln, com seu carisma e forte presença junto à população, aparece como uma das apostas. Já o engenheiro Rogério Novaes, com um currículo invejável e larga experiência política, também entrou no radar de lideranças partidárias. E, representando a saúde pública e o engajamento social, a presidente do conselho local de saúde, Cleia Giosole, bacharel em Direito, é outro nome que tem sido citado com entusiasmo.
Três nomes fortes, com histórias diferentes, mas com algo em comum: representatividade, credibilidade e vínculo real com a cidade.
Se essas movimentações se concretizarem, Joinville pode ter uma eleição com rostos já conhecidos, mas com novas propostas e mais proximidade com as demandas da população. E, como toda eleição reserva surpresas, é bem possível que outros nomes de peso apareçam até lá.
Estamos de olho — porque a política precisa de gente séria, com coragem e disposição para mudar de verdade.