Em uma conversa exclusiva ao Chuville Notícias, a Secretária de Estado da Saúde de SC, Carmen Zanotto disse que em Joinville não estaria faltando leitos. A razão seria os 50 leitos disponibilizados nas últimas semanas no SPA Vida, antigo Centro de Saúde Ernesto Gaertner, além dos 10 que foram acrescentados hoje (22) no Hospital Bethesda. Ela conta que o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt estaria trabalhando para disponibilizar, em breve, mais 15 leitos para tratamento à Dengue e outras doenças respiratórias.
“Estamos acompanhando a situação em todo o estado e, em Joinville, temos dado atenção especial à oferta de leitos porque entendemos que estes para Dengue não são de longa permanência, então estes 60 leitos que ofertamos, mais os 15 que serão disponibilizados, vão atender a demanda”, argumentou. Ela também reforça que a vacinação contra a Dengue entre as crianças de 10 a 14 anos é considerada baixa, uma das razões para o caos na saúde pública.
Segundo a nota que o governo estadual publicou nesta segunda-feira, mais de R$ 2,5 milhões já foram investidos em Joinville para o atendimento aos casos de Dengue. Na maior cidade do estado já são 21 mortes confirmadas e mais de 62 mil casos prováveis da doença na região.
Em entrevista ao jornalista Toninho Neves, o prefeito de Joinville Adriano Silva (Novo), disse hoje que os leitos ofertados pelo estado já estariam esgotados, informação não confirmada pela secretária Carmen Zanotto: “Temos a informação de que não houve ocupação total destes leitos, embora exista grande procura, por isso estamos ampliando este número”.
O prefeito também voltou a defender a privatização de parte do Hospital Municipal São José, usando como referência a “gestão ágil” da Organização Social responsável pelo Hospital Infantil Jeser Amarante Faria.
Por meio de nota, a presidente do Sinsej (Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville), Jane Becker, rebateu a fala do prefeito Adriano. “Com pedido de demissão em massa de mais de 20 médicos por falta de gestão, o prefeito vai à imprensa falar que a compra ágil de um equipamento médico é exemplo. Enquanto isso, muitos cidadãos não encontram médicos nas unidades básicas de saúde, tendo que recorrer às UPA’s. Isto não é exemplo de agilidade”.
