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ELEIÇÃO EM JOINVILLE: O recado dos 35%

Análise da eleição para prefeito e vereador em Joinville, levando em conta o recado dado por 35% das pessoas que somaram brancos, nulos e abstenções neste domingo (6).

Redação, Portal Chuville

07 outubro 2024

editado em 07 outubro 2024

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nunca ninguém dá muita bola, mas os números somados por votos brancos, nulos e abstenções são também um recado da sociedade. Na eleição deste domingo (6), cerca de 35% do maior colégio eleitoral de Santa Catarina disse “não”, seja na urna ou nem mesmo precisou chegar a ela.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, Joinville conta com 434.821 eleitores aptos a votar. Os números apurados após às 17h de ontem revelaram um número que vem crescendo nos últimos pleitos: os votos brancos, nulos e abstenções, quando nem às urnas o cidadão comparece. Seja por falta de interesse ou qualquer outra razão, isto também é um recado.

Os votos em branco somaram 25.311, contra os nulos, que chegaram a 22.366. Já as abstenções somaram 107.392, número maior que muitas cidades catarinenses, como Itapema e Concórdia.

O número total de votos desperdiçados (155.069) daria para eleger muitos vereadores que, embora tenham alcançado bom número de intenções, não alcançaram o coeficiente eleitoral, portanto não sendo eleitos. Já em relação à prefeitura, os votos desperdiçados equilibrariam a balança, facilitando um segundo turno.

Aliás, curiosamente não houve segundo turno em todo o estado. Fato que há mais de 20 anos não acontecia.

Mas e daí?

O fato é que os marqueteiros de campanha, dirigentes partidários e até mesmo quem foi eleito e quem ficou de fora da disputa não pode negar é a importância destes votos desperdiçados. 35% do eleitorado da maior cidade catarinense parece pouco? Vale lembrar que 2026 está logo ali, quando candidatos da cidade irão disputar a vaga para o governo estadual.

Se para SC a eleição acabou ontem, em diversos estados brasileiros, onde haverá segundo turno, ainda não. Por aqui há um “cansaço” da população, uma pressa em “acabar tudo de uma vez” para que a vida cotidiana siga seu fluxo.

O que há de errado? O formato das campanhas? Os temas? Os candidatos que prometem e, no fim, fazem com que a sociedade se sinta enganada?

São muitas hipóteses.

Enquanto parte da sociedade questionava a lisura das urnas eletrônicas, outra sequer sabia quem estava na disputa. Tamanho o desinteresse. Não à toa até mesmo os colunistas políticos, inclusive aqui no Chuville Notícias, já avaliavam esta eleição como “morna”, ou seja, com pouca empolgação.

O resultado disso foi uma votação expressiva para os mesmos nomes, e rejeição para novos. Traduzindo: deixe o que está aí porque a vida já está complicada demais para novas aventuras.

A democracia deve ser cíclica, ou seja, com alternância de poder. Enquanto teremos mais quatro anos (ou dois?) de prefeitura com o mesmo nome, na Câmara haverá um completo desequilíbrio a partir do ano que vem.

Se nesta legislatura, que está acabando, a maioria dos vereadores era de situação, a partir de 2025 será ainda mais. A oposição, que por muitos é vista como algo ruim, será reduzida. Porém o Poder Legislativo deve ser plural e equilibrado entre oposição e situação.

Enquanto isso, os votos perdidos dos 35% dos eleitores estarão ecoando pelas paredes da Câmara de Vereadores e prefeitura.

Respostas de 2

  1. 5 bi para fundo eleitoral… só ai ja da um asco… As gordas tetas do poder publico são fortes atrativos para os que la já estão, ou para os querem voltar a mama-las… realmente dá uma canseira. Daí quando temos um governo de caras novas, que não atrapalham, nem aumentam os privilégios da patotinha (o que pra grande maioria já é suficiente) pessoal acha estranho que tenha aprovação em massa… literalmente nos contentamos com pouco, porque temos mais o que fazer !!

  2. Aposto que se fizessem um levantamento das regiões onde essas pessoas que não votaram moram iríamos ver que são, exatamente, onde Adriano Silva não fez nenhuma obra ou onde ele raramente dá as caras kkkkkkkkk. O eleitor é umbigal e isso não tem nada a ver com política. Tem a ver com o psicólogo do ser humano . Somos como cães adestrados. Se nos dão ração e atenção terão nossa eterna gratidão mesmo que nossos amigos estejam lascados.

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