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EDITORIAL: Gestão de saúde pública não é ping-pong

Redação, Portal Chuville

18 abril 2024

editado em 18 abril 2024

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Após o drama da Pandemia de Covid-19, as “Márcias Sensitivas” da vida alertavam de que viria mais uma doença assolando o Brasil. Crendices à parte, a Dengue e outras doenças associadas, como Chikungunya e Zika, estão fazendo com que cada vez mais cidades decretem “Estado de Emergência” Brasil afora. Joinville é uma delas desde fevereiro. Com 21 mortes neste ano até agora, nossa cidade se assusta novamente com todas as unidades de saúde lotadas e gente de atestado em casa, sofrendo com os terríveis sintomas.

A esperança pousa em nossos atuais gestores públicos. Mas como confiar em alguém que fala abertamente que o joinvilense reclama por esperar atendimento em UPA’s, mas não reclama por esperar na fila da estrada, em direção às praias? Esta foi a fala da secretária de Saúde, Tânia Eberhadt, que repercutiu em todo o Brasil.

Como confiar em uma gestão dizendo que alguns remédios para o câncer não estão sendo comprados porque o governo federal não envia recursos, quando na verdade o dinheiro já estava à disposição por meio do governo estadual? Parafraseando o ex-prefeito, Udo Dohler, que dizia em sua campanha: “Não falta dinheiro, falta gestón”.

Como confiar em quem acredita que privatizando a saúde, vai melhorar o atendimento? Em setembro passado, o Chuville Notícias denunciou falhas na elaboração de projeto de privatização da UPA Sul. O texto provisório era uma cópia literal de um projeto parecido do governo do estado do Rio de Janeiro.

Nesta semana, lideranças políticas que nem fazem parte da gestão Adriano Silva (Novo), foram à Brasília e conversaram com o assessor do Orçamento do Ministério da Saúde. Foram pedir recursos para conter o caos formado por pedidos de demissão de médicos, falta de soro aos pacientes e superlotação das unidades.

A resposta foi positiva mas, para supresa das lideranças que lá estavam, o assessor do Ministério contou que a comitiva da prefeitura de Joinville, que esteve em Brasília no mês passado, o procurou para cobrar os remédios oncológicos e não pra pedir recursos contra a Dengue.

O dinheiro dos remédios já tinha sido repassado ao governo de Santa Catarina. Quanto ao combate à Dengue, a prefeitura limitou-se a enviar um ofício pedindo recursos, ainda em fevereiro.

Na prática estamos vendo um verdadeiro jogo de ping-pong com a gestão da Saúde de Joinville. Onde um joga a bola para o outro. No fim, quem nem está efetivamente na gestão acaba articulando mais recursos do que quem foi eleito para legitimamente fazer este trabalho.

Sabemos que o SUS não é e nunca foi o paraíso. Mas da Pandemia de Covid-19 para cá só tivemos uma certeza: a gestão pública não é para amadores, nem novatos que querem “inventar a roda”.

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