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Documentário sobre o Canal do Linguado e as consequências do seu fechamento estreia em Joinville

"O Preço do Progresso” estreia nesta semana abordando questões econômicas, ambientais e sociais do aterramento na Baía da Babitonga. Sua reabertura vem sendo cogitada desde 2001.

Redação, Portal Chuville

16 janeiro 2024

editado em 17 janeiro 2024

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Canal do Linguado é passagem terrestre obrigatória entre Joinville e São Chico. Foto Divulgação

Estreia nesta semana o documentário “O Preço do Progresso: Canal do Linguado”, abordando os motivos e as consequências do fechamento do Canal do Linguado, na Baía da Babitonga. Com fartura de imagens, documentos e entrevistas, o filme é dirigido por Maicon Aloncio e foi produzido com recurso do Simdec, via mecenato. As exibições, todas gratuitas, acontecem nesta quinta (18) e sexta (19) em unidades do CRAS, CEU Aventureiro e Amorabi, em Joinville.

O fechamento do canal, em 1935, que substituiu a ponte pivotante de 1909, impactou enormemente a região. O documentário explora desde a formação geológica da baía até as razões comerciais do fechamento e as consequências contemporâneas dessa decisão, analisando aspectos históricos, culturais, ambientais e sociais, incluindo a vida dos povos originários e a evolução das cidades.

O filme ainda desmistifica a controversa alegação de influência nazista no fechamento, focando nas verdadeiras motivações. É destacado o projeto Pro Babitonga, a tentativa frustrada de reabertura em 2001 e os estudos contemporâneos na baía, examinando sedimentos e avaliando os impactos potenciais de diferentes cenários de abertura do canal.

Para o diretor Maicon Aloncio, não há quem passe pelo aterro do Linguado e não ache no mínimo estranho o fato de um lado ter água e o outro, não. Uma simples resposta não sustentaria um documentário. “Há também um boato ligando o fechamento do canal ao regime nazista, o que mais atrapalha do que ajuda na superação de algumas questões locais”, afirma ele. “A clareza sobre nosso passado com o peso da ciência histórica é uma boa justificativa para a produção do filme. Além disso, a questão do Linguado é um reflexo local de um problema global, e o entendimento dela pode nos auxiliar a refletir sobre questões que extrapolam os limites da Babitonga. Um documentário assim tem o potencial de provocar reflexões sobre si, sobre o outro e sobre o meio que nos cerca”.

Sobre o Canal do Linguado

O Canal do Linguado faz parte da Baía da Babitonga, sendo a ligação entre ela e o Oceano Atlântico e a separação da ilha de São Francisco do Sul do continente. Sua extensão é de aproximadamente 23 km, com largura média de 2 Km. O canal, no trecho lagunar sul, possui 22 ilhotas e a do Linguado (também chamada João Dias), com 4km de comprimento. Em 1935, o canal foi fechado por um aterro para permitir a passagem da estrada de ferro, o que resultou  numa série de problemas ambientais para a Baía da Babitonga.

 

SESSÕES GRATUITAS

 

Dia 18/01

Às 9 horas
• CRAS Jardim Paraíso – Rua Crater s/n, Jardim Paraíso
• CRAS Parque Guarani – Rua Das Pitangas 350, Parque Guarani
• CRAS Adhemar Garcia – Rua Antenor Douat Baptista 205, Ulysses Guimarães

14 horas
• CRAS Pirabeiraba – Rua Pastor Dommel (anexo ao terminal de ônibus de Pirabeiraba)
• CRAS Paranaguamirim – Rua João Luiz de Miranda Coutinho 845, Paranaguamirim

Dia 19/01

Às 9 horas
• CEU Aventureiro – Rua Theonesto Westrupp 627, Aventureiro

Às 10 horas
• AMORABI – Rua Dos Esportistas 510, Itinga

Às 14 horas
• CEU Aventureiro – Rua Theonesto Westrupp 627, Aventureiro

Às 14h30
• CRAS Adhemar Garcia – Rua Antenor Douat Baptista 205, Ulysses Guimarães

Às 19h30
• AMORABI – Rua Dos Esportistas 510, Itinga

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