Por unanimidade (16 votos favoráveis), a Câmara de Vereadores de Joinville instituiu hoje (11) a Comissão Processante que vai definir o futuro do vereador Mauricinho Soares (MDB), que está preso pela segunda vez desde o último dia 8, acusado de corrupção ativa na Operação Profusão da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Decor). A partir de agora a Comissão terá 90 dias para produzir fatos e provas, ouvir a defesa do acusado e definir depois, em plenário, se cassa ou não o mandato do vereador Mauricinho Soares.
Os nomes que compõem a Comissão Processante foram definidos por meio de sorteio: Cassiano Ucker (União), que ficou na presidência, Cleiton Profeta (PL), que ficou com a relatoria e Kiko do Restaurante (PSD), que ficou como membro.
Quem protocolou o pedido de criação desta Comissão foi o presidente da Câmara, Diego Machado (PSDB), que argumentou ser importante averiguar os fatos: “Os demais vereadores foram expostos, houve quebra de decoro e a gente precisa se posicionar, a Polícia faz o trabalho dela e nós fazemos o nosso”. Ele reforçou ainda que a decisão de cassar ou não o mandato caberá numa decisão junto aos demais vereadores somente depois do fim dos 90 dias.
Mauricinho também é alvo da Comissão de Ética, criada na semana passada para investigar a conduta que culminou na sua primeira prisão, no fim de novembro, quando a Polícia Civil encontrou uma arma de fogo sem lincença na casa dele.