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Clínica de coach em Joinville e Balneário Camboriú funcionava até como “farmácia”, diz MP

Medicamentos de uso controlado eram solicitados em larga escala e depositados em uma espécie de estoque na F Coaching

Redação, Portal Chuville

20 outubro 2023

editado em 20 outubro 2023

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Coach
A informação consta na superdenúncia do MP protocolada no início de outubro (Ministério Público/Divulgação)

A clínica de luxo F Coaching, com unidades em Joinville e Balneário Camboriú, funcionava até como farmácia, mesmo tendo alvará apenas para atuar em serviços de estética e nutrição. De acordo com o Ministério Público, com protocolos médicos produzidos sem aval técnico pelo coach Felipe Francisco, nutricionistas ou demais funcionários, os medicamentos de uso controlado eram solicitados em larga escala e depositados em uma espécie de estoque montado nos estabelecimentos.

A informação consta na superdenúncia do MP protocolada no início de outubro. Nesta segunda ação, Felipe e outras 21 pessoas foram acusados de receitar e vender ilegalmente medicamentos de uso controlado. Com exceção da mãe do coach, os citados — entre médicos, biomédicos, nutricionistas e profissionais administrativos — já haviam sido denunciados no mês passado por integrar e promover organização criminosa pela atuação dentro das clínicas de luxo do empresário.

A novidade que surge nesta segunda ação, a principal contra a clínica de luxo, é o nome de uma enfermeira. A acusação aponta a mulher como responsável por fazer a aplicação de alguns injetáveis e até fazer coleta de sangue de clientes, sem o local ter alvará para isso.

De acordo com a promotora de Justiça Elaine Rita Auerbach, nem sempre os pacientes recebiam receitas médicas durante os atendimentos na F Coaching, mas, quando recebiam, essas guias eram falsas, já que médicos que faziam parte do esquema deixavam diversas dessas prescrições em branco assinadas mesmo sem nunca terem atendido ou receitado as substâncias a aqueles clientes. O documento era preenchido, segundo o MP, por Felipe ou por seus funcionários.

— Estavam agindo como um laboratório farmacêutico. O manipulado, por exemplo, é uma exceção, tem que ter uma individualidade específica pra cada paciente, mas junto com a farmácia criaram rótulos e protocolos, deram nomes e vendiam em larga escala — explica a promotora.

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