Um estudo para medir a capacidade das pessoas em identificar notícias falsas, realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), colocou o Brasil em último lugar no ranking entre 21 países, entre eles, Colômbia, Finlândia, Itália, Japão e EUA.
A pesquisa envolveu um pouco mais de 40 mil pessoas em 21 países. Na avaliação, os participantes interagiram com conteúdos verdadeiros e falsos em uma interface semelhante a uma rede social.
Os participantes do Brasil, Colômbia e EUA mostraram ser mais suscetíveis a acreditar em notícias falsas. A Austrália foi o país com maior habilidade em identificar conteúdos falsos, com quase 90% de acerto nos questionários realizados.
Segundo a OCDE, 60% das pessoas conseguem distinguir o que é informação verdadeira e falsa. No Brasil, a média ficou em 54%.
O levantamento mostra que, enquanto 71% dos entrevistados apontaram a sátira como o modo mais fácil de ser identificado como falso, no Brasil, a dificuldade de identificar a sátira como mentira é maior que 57%.
A pesquisa também aponta as redes sociais como o ambiente com maior dificuldade de identificar o que é falso ou verdadeiro. Na América Latina, 85% dos entrevistados se informam via redes sociais.
Quem acredita mais nas redes foram os mesmos que tiveram o pior desempenho em diferenciar uma notícia falsa de uma verdadeira. Colômbia e Brasil são os países em que os entrevistados mais confiam em notícias veiculadas em redes sociais.