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Aumento de casos de coqueluche em SC reforça importância da vacinação em gestantes

Baixa cobertura vacinal é apontada como uma das principais causas da explosão de casos. Confira os sinais e sintomas.

Redação, Portal Chuville

15 janeiro 2025

editado em 15 janeiro 2025

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A vacinação durante o pré-natal, com a tríplice bacteriana (dTpa), é considerada a principal estratégia para prevenir a doença - Foto Divulgação
A vacinação durante o pré-natal, com a tríplice bacteriana (dTpa), é considerada a principal estratégia para prevenir a doença – Foto Divulgação

Santa Catarina registrou, em 2024, o maior número de casos de coqueluche nos últimos dez anos. Foram 263 diagnósticos confirmados, com maior incidência em bebês menores de um ano, e três mortes registradas em recém-nascidos com idades entre um e dois meses.

Especialistas apontam que o aumento da doença está relacionado à baixa cobertura vacinal, a esquemas incompletos de vacinação e à redução da imunidade ao longo do tempo.

Segundo o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Estado (SES), Dr. Fábio Gaudenzi, esses fatores tornam a vacinação contínua fundamental para evitar novos surtos.

A coqueluche afeta principalmente crianças de até seis meses, que ainda não possuem o sistema imunológico completamente desenvolvido.

A vacinação durante o pré-natal, com a tríplice bacteriana (dTpa), é considerada a principal estratégia para prevenir a doença. O imunizante protege contra difteria, tétano e coqueluche, além de transmitir anticorpos da mãe para o bebê até que ele receba a vacina pentavalente nos primeiros meses de vida.

Após o nascimento, o esquema vacinal infantil prevê três doses da pentavalente — aos 2, 4 e 6 meses — e reforços aos 15 meses e 4 anos de idade. Mesmo com campanhas de vacinação, a cobertura em 2024 foi de 88,37% para gestantes e 90,25% para a pentavalente, números abaixo da meta estipulada pelas autoridades de saúde.

O infectologista Marcos Paulo Guchert, do Hospital Infantil Joana de Gusmão, destaca que o diagnóstico precoce e a imunização são essenciais, sobretudo em crianças menores de seis meses, mais vulneráveis às complicações da doença. “Manter a cobertura vacinal elevada é crucial para reduzir a circulação da bactéria e proteger quem ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal”, afirma.

As vacinas que previnem a coqueluche estão disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Sinais e sintomas

A coqueluche é uma doença infecciosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. É altamente transmissível, já que o contaminado pode infectar outras pessoas através de gotículas da tosse, espirros ou mesmo ao falar.

No primeiro, o mais leve, os sintomas são parecidos com o de um resfriado:

 Mal-estar geral

 Corrimento nasal

 Tosse seca

 Febre baixa

Depois, a tosse seca piora e outros sinais podem aparecer:

 Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada

 Tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a respiração

 Crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo

Os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o quadro clínico e a situação de cada caso. Na suspeita da doença, procure um serviço de saúde mais próximo de sua residência.

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