Durante a assembleia geral dos servidores públicos de Joinville, realizada na noite desta quarta-feira (28) na sede do Sinsej (sindicato da categoria), houve apenas uma intenção: reprovar os 19 projetos de lei que compõem a reforma administrativa, apresentada pelo governo Adriano Silva (NOVO) neste mês.
Hoje são mais de 14 mil servidores públicos que serão afetados pelo pacote de mudanças, a maior delas na criação de cargos de confiança, gerando um impacto de quase R$ 100 milhões anuais aos cofres públicos.
Os trabalhadores que lotaram os dois pavimentos do Sinsej aproveitaram o momento para apresentar propostas de valorização de uma categoria que já luta há anos por melhorias que ainda não chegaram.
“São vários pontos que sequer foram discutidos com a categoria e a Câmara tentou aprovar tudo como uma patrola. Conseguimos aprovar audiências públicas a muito custo e a população também precisa estar presente, porque todos serão atingidos direta ou indiretamente”, considerou a presidente do Sinsej, Mara Tavares.
Ela se refere a três audiências públicas que estão agendadas para acontecer em junho, na Câmara de Vereadores:
- 13/06 às 18h30 – Voltada para discutir três projetos de lei que tratam diretamente do aspecto financeiro da Reforma Administrativa
- 17/06 às 19h30 – Voltada para debater carreiras, impactando mais de 3 mil servidores
- 23/06 às 19h30 – Voltada para debater carreiras, estatuto do servidor e criação de cargos comissionados
Possibilidade de greve não está descartada
Em regime de votação, os servidores públicos presentes da assembleia aprovaram a realização de mais duas reuniões com categorias diferentes para discutir propostas de mudanças na Reforma, como no dia 04/06, dia 10/06 e uma assembleia extra, a ser realizada momentos antes da primeira audiência pública, no dia 13/06, na Câmara.
Ainda nesta quinta-feira (29) deverá ser protocolado um ofício ao prefeito Adriano Silva, solicitando uma reunião com o Sinsej para discutir as propostas. No dia 13, antes da audiência pública, será proposta aos servidores a possibilidade de greve parcial ou total, dependendo da disposição do governo em negociar com a categoria. A última paralização dos servidores ocorreu em 2021.
Durante a assembleia desta quarta também foi aprovada a pauta da campanha salarial de 2025, negociação que ainda não começou devido à antecipação da data base para março, proposta pela prefeitura e também pela eleição do sindicato, ocorrida em março.