No dia 26 de novembro, representantes da sociedade civil, academia e iniciativa privada anunciaram a formação de uma Coalizão inédita para promover soluções sustentáveis e acelerar a descarbonização do setor de transportes no Brasil.
O movimento, liderado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Grupo CCR e o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Insper, foi oficializado durante a quarta edição do evento “Brasil Rumo à COP30”, promovido pela Editora Globo e Grupo CCR.
A Coalizão reúne uma ampla rede de atores, incluindo empresas, associações setoriais e organizações da sociedade civil, com o objetivo de elaborar propostas de recomendações para reduzir a emissão de gases de efeito estufa em seis áreas: infraestrutura, mobilidade urbana, transportes rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário.
A iniciativa visa contribuir com o governo federal na definição das metas de descarbonização do novo Plano Clima, que será apresentado em 2025.
Marina Grossi, presidente do CEBDS, destacou a importância da Coalizão no combate à mudança climática, enfatizando o papel das empresas na formulação de políticas públicas para o setor de transportes. Miguel Setas, CEO do Grupo CCR, reafirmou o compromisso da empresa em liderar a agenda de sustentabilidade e apoiar o governo na redução das emissões do setor de transportes.
Sérgio Avelleda, coordenador do Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, ressaltou que a transição energética do transporte só será possível com a colaboração entre governos, empresas, academia e o terceiro setor, destacando o papel decisivo da ciência e do setor privado.
Governança da Coalizão
A Coalizão de Transportes foi organizada em seis subsetores: infraestrutura e interseccionalidade, mobilidade urbana, transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e portuário/cabotagem. Cada grupo é liderado por uma ou duas associações setoriais, com a participação de empresas e organizações civis.
O MoveInfra e a ABDIB lideram infraestrutura, enquanto o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável e a ANPTrilhos comandam a mobilidade urbana. A ABCR lidera o transporte rodoviário, a ANTF coordena o ferroviário, a ABR cuida do aéreo e a ABAC, ABANI, ABTP e ATP lideram o portuário. Empresas como Siemens Energy, Volkswagen, Scania, Rumo e Ultracargo já confirmaram participação. A CNT integra o Conselho Consultivo da Coalizão.
A Coalizão possui um comitê executivo e um conselho consultivo, garantindo discussões inclusivas e consenso nas propostas entre todos os segmentos da cadeia de transportes.
Agora, o grupo entra na fase de realização de workshops e reuniões técnicas para aprofundar as discussões e elaborar recomendações para o Plano Clima. O documento final, resultado desses encontros, será apresentado no primeiro trimestre de 2025 e incluirá desafios, dados e propostas para descarbonizar o setor de transportes.
A iniciativa também se prepara para apresentar seus resultados na COP30, em Belém, em novembro de 2025, buscando posicionar o Brasil na liderança das discussões globais sobre descarbonização no setor.
Sobre o Grupo CCR
O Grupo CCR, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, opera rodovias, mobilidade urbana e aeroportos. Com 39 ativos em 13 estados, a empresa gerencia 3.615 km de rodovias, transporta 3 milhões de passageiros diariamente em metrôs e trens, e embarca 43 milhões de clientes anualmente em seus aeroportos. Está há 13 anos no hall de sustentabilidade da B3. Mais em: grupoccr.com.br.
Sobre o CEBDS
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável no Brasil desde 1997. Representa mais de 110 grandes grupos empresariais e é o representante brasileiro do WBCSD, com 200 empresas associadas em 36 países.
Sobre o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável
Criado em 2023, o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável, do Insper, visa fornecer dados robustos sobre os sistemas de mobilidade urbana nas maiores cidades brasileiras, contribuindo para uma melhoria na tomada de decisões no setor.