Dez pessoas, incluindo uma advogada, foram condenadas no final de 2024 pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Joinville por envolvimento com tráfico de drogas e organização criminosa.
As penas variam de 4 anos e 9 meses a 17 anos de reclusão em regime fechado. A advogada recebeu uma sentença de 14 anos e 2 meses, além do pagamento de 1.922 dias-multa.
As condenações são resultado da Operação Sob Encomenda, deflagrada em junho de 2024, e de investigações iniciadas em 2021 pela 13ª Promotoria de Justiça com apoio do GAECO.
O esquema envolvia advogados que utilizavam suas prerrogativas para inserir celulares, drogas e documentos no sistema prisional de Joinville, além de repassar recados de interesse de facções criminosas.
O Ministério Público comprovou que os envolvidos intermediavam informações para facções, facilitando crimes como tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro.
Embora a decisão caiba recurso, a advogada, que permaneceu presa durante todo o processo, não poderá recorrer em liberdade. Já os demais réus, em sua maioria já detidos por outros crimes, obtiveram o direito de recorrer em liberdade.
Relembre o caso
O julgamento é um desdobramento da operação “Sob Encomenda“, iniciada em agosto de 2021. Na época, o objetivo era conter a ligação entre advogados e membros da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo Catarinense), que atuavam dentro do sistema prisional para facilitar a entrada de celulares, drogas e outros objetos ilícitos.
Em 2024, a operação avançou com outras três fases. Em fevereiro, a 2ª fase cumpriu 15 mandados de busca e apreensão e um de prisão. Em abril, a 3ª fase executou quatro mandados de busca e apreensão e três de prisão. Já em junho, a 4ª fase incluiu 21 mandados de busca e dois de prisão.