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OPINIÃO: Oscar para AINDA ESTOU AQUI será a conquista de uma Copa do Mundo em 2025!

Por Carlos Castro - Jornalista.

Redação, Portal Chuville

23 janeiro 2025

editado em 23 janeiro 2025

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Foto Divulgação
castro

Opinião por:
Carlos Castro - Jornalista

Estou emocionado com as três indicações do Filme “AINDA ESTOU AQUI” ao OSCAR 2025. O país e o nosso cinema ganham um marco inédito e histórico com a indicação de um filme nacional na principal categoria, a de melhor filme, além de melhor filme estrangeiro e de melhor atriz à maravilhosa Fernanda Torres que faturou um Globo de Ouro, outro fato inédito.

Esse orgulho que todos os brasileiros democratas e sensíveis estão sentindo e extravasando, inclusive com lágrimas de felicidade, num momento histórico e político tão ruim, serve para fortalecer a RESISTÊNCIA HUMANISTA no país. É uma tábua de esperança para nos agarrarmos, um resgate à nossa autoestima cultural, com uma história que nunca mais será ou poderá ser esquecida.

O audiovisual nacional ganha os holofotes internacionais com o reconhecimento através dessas indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar com uma história triste, mas poderosa sobre os fatos ocorridos nos porões da ditadura militar no Brasil, que cassou e assassinou o deputado federal, Rubens Paiva.

O filme expõe a grandeza, a resiliência, o drama e a coragem vivida por Eunice Paiva e sua família. Fernanda Torres interpretou de forma magnífica essa guerreira, que teve a tarefa de educar cinco filhos com o marido preso, torturado, desaparecido e morto em 1971. Rubens Paiva foi interpretado pelo extraordinário Selton Melo. Eunice Paiva, advogada, foi incansável na busca por justiça para a memória do marido e se transformou num símbolo de resistência contra a ditadura dos milicos.

Milhões de brasileiros, adultos que viveram sob a égide da ditadura, mas também milhares de adolescentes, lotaram e saíram das salas de cinema deslumbrados com a obra prima dirigida por Walter Salles e escrita por Marcelo Rubens Paiva, um dos filhos do casal. Agora o mundo vem sendo conquistado pela sensível beleza da película que pode, pela primeira vez garantir uma estatueta do Oscar ao país.

Se ocorrer, será eternizado como nossa Copa do Mundo cultural. Como bem escreveu Selton Melo em seu Instagram, “nosso país precisava desse filme” e eu emendo, com essa repercussão maravilhosa e emocionante, para lavar a alma de quem é militante e ativista social. Os fascistas não passarão.

Em 2014, ocorreu um episódio bizarro e abjeto que dá ainda mais importância à repercussão e às premiações do filme. Na cerimônia de homenagem e inauguração do busto de Rubens Paiva, num espaço da Câmara dos Deputados, Bolsonaro aos gritos de “ele teve o que mereceu, comunista desgraçado e vagabundo”, deu uma cusparada na estátua de Paiva, deixando todos os presentes perplexos.

Estamos vivendo o apogeu da máxima dicotômica: CIVILIZAÇÃO X BARBÁRIE, e a cultura, tão odiada e atacada por esse monstro, cumprindo com o seu papel histórico e social. Camarada Rubens Paiva, PRESENTE.

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