O Museu Arqueológico do Sambaqui de Joinville (MASJ) chega aos seus 52 anos em meio a um esforço de revitalização e modernização. Para marcar a data, duas exposições estão abertas ao público: “Acervos do sambaqui: coisas a olhar” e “Sambaquis: monte de conchas, monte de histórias”.
Ambas buscam resgatar a história dos povos que habitaram a região há mais de 5 mil anos, com destaque para objetos do cotidiano e esqueletos encontrados nos sítios arqueológicos conhecidos como sambaquis.
Localizado no centro de Joinville, o museu também se empenha em tornar o acervo mais acessível, com recursos em Libras, inglês e português, além de itens táteis para deficientes visuais.
A estrutura atual, no entanto, já não comporta todo o acervo e a necessidade crescente de preservar a memória arqueológica da cidade.
Uma nova sede, com 858 metros quadrados e três pavimentos, está em construção e deve ser finalizada em 2025, ao custo de R$ 2,7 milhões.
A obra vai permitir o armazenamento de itens que hoje não estão em exposição, além de oferecer laboratórios e espaços técnicos para pesquisa.
Enquanto o novo prédio não fica pronto, o museu atual segue como referência na preservação dos sambaquis, estruturas formadas por restos de conchas e ossos, que revelam a vida dos primeiros habitantes da região.
O MASJ, com mais de 100 mil artefatos, enfrenta o desafio de preservar uma história pouco explorada e ameaçada pelo tempo, evidenciando o contraste entre o passado e o desenvolvimento urbano de Joinville.
Os sambaquis, embora presentes em diversos pontos da cidade, muitas vezes passam despercebidos pela população, reforçando a importância de instituições como o museu para a preservação da memória histórica e arqueológica local.
O Museu fica na rua Dona Francisca, 600, no Centro, perto do Centreventos Cau Hansen. Funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 16h, e o acesso é gratuito. Como é padronizado, nas segundas-feiras, os museus estão fechados para visitação.