Você já deve ter experimentado comida japonesa, assistido ainda que pela televisão, alguma apresentação cultural japonesa, ou talvez tenha algum conhecido que seja descendente de imigrante japonês. Agora imagine Joinville contar com um parque destinado à cultura japonesa, integrando outras culturas? Pois esta é a intenção do grupo organizador do 1º Sakura Matsuri Joinville – que será realizado entre os dias 13 e 15 de setembro – na Expoville.
Na programação, estandes com artigos tradicionais, vestuário, atrações musicais e de artes marciais, oficinas gratuitas, concursos de cosplay e uma ampla área de gastronomia, com restaurantes de São Paulo, Curitiba e Florianópolis, oferecendo iguarias como sushi, tempura, guioza e yakisoba.
Idealizado pela Associação Matusa Bujutsu, que atua com o propósito de difundir a arte marcial Bujutsu, o evento será o primeiro passo para a criação do Parque Sakura Joinville. O projeto, inspirado no conhecido Parque Sakura, de Frei Rogério, no Oeste catarinense, símbolo vivo na celebração da cultura japonesa, “terá enorme impacto na comunidade, promovendo a interação entre diferentes culturas e enriquecendo a vida cultural da região”, revela Fábio Martins, presidente da associação e diretor do Instituto Arte Maior, de Joinville.
O nome sakura remete às cerejeiras que afloram no início da primavera, e, na tradição oriental, representam não apenas a beleza transitória da vida, mas também a renovação da natureza. Fábio Martins lembra que, para saudar a primavera, milhões de pessoas se reúnem em parques, templos e jardins por todo o Japão.
Desde o ano passado, os dirigentes da Associação Matsura Bujutsu visitam encontros dedicados à cultura japonesa em busca de subsídios para o 1º Sakura Matsuri. Estiveram em Lages, Florianópolis, Curitiba, e, recentemente, em São Paulo, onde conheceram o Festival do Japão, o maior do gênero no Brasil.
Um destaque especial do evento joinvilense será a presença de duas cervejas especiais, produzidas exclusivamente para o Sakura Matsuri pela Cervejaria DOM Haus, de Araquari. As cervejas serão à base de arroz e flor de sakura, oferecendo uma experiência única para os visitantes.
Parte dos custos do evento será bancada pela Lei Rouanet, via isenção fiscal de pessoas físicas e jurídicas – os organizadores estão divulgando o projeto para levantar recursos. E todo o lucro será revertido para o projeto do parque.
O parque
Fábio Martins conta que a área ideal para a implantação deste parque é no caminho para Campo Alegre, na serra Dona Francisca, mas ainda terras pertencentes a Joinville. “As cerejeiras precisam de clima mais frio e esta seria uma área ideal, sendo a porta de entrada para os turistas também”, destaca.
A proposta já foi apresentada à prefeitura de Joinville, que mostrou interesse, assim como já foi sondada a ser uma das chamadas “Blue Zones”, zonas azuis traduzindo para o português. São diversas áreas assim pelo planeta, consideradas mais longevas, ou seja, com tempo de vida superior aos 90 anos, priorizando técnicas de qualidade de vida.
O futuro parque teria uma estrutura formada por área de convivência, restaurante, espaço para eventos e oficinas, tudo para compartilhar conhecimento sobre a cultura japonesa e outras também. Ainda não há orçamento de implantação deste parque, nem projeto e fonte de recursos. Tudo será debatido a partir do evento do mês que vem.