Sei que pode parecer confuso, mas nem sempre o mais votado é eleito. No Brasil, temos dois sistemas de votação: o majoritário e o proporcional.
No voto majoritário, é eleito quem tiver a maioria simples dos votos válidos (excluindo brancos e nulos). Esse sistema é usado para cargos como presidente, governador, senador e prefeito.
Já no sistema proporcional, utilizado para deputados federais, estaduais e vereadores, os partidos devem obter o quociente eleitoral para garantir cadeiras no legislativo. Esse cálculo é feito com base nos votos válidos divididos pelo número de cadeiras em disputa.
Por exemplo, se em uma cidade houve 300 mil votos válidos e há 30 cadeiras em disputa, a cada 10 mil votos que um partido receber, ele ganha uma cadeira.
Se nenhum partido consegue atingir o quociente eleitoral para preencher todas as cadeiras, aplica-se o sistema de sobras. Nesse sistema, a distribuição das vagas remanescentes é feita dividindo-se os votos restantes dos partidos pelo número de cadeiras já obtidas mais um. Assim, o partido com a maior média recebe a próxima vaga.
Entender esse sistema ajuda a evitar frustrações quando um candidato bem votado não é eleito.
Nem toda cidade tem segundo turno
Apenas municípios com mais de 200 mil eleitores têm segundo turno, caso nenhum candidato obtenha maioria simples (50% + 1 voto). Em cidades menores, há apenas um turno, vencendo o candidato com mais votos, independentemente de alcançar 50% ou não.