Em menos de 24 horas, a Polícia Militar de Joinville apreendeu três armas de fogo na cidade durante abordagens e diligências.
A primeira ocorreu no bairro Jardim Paraíso, ontem, 22/05, por volta de 08:10, quando durante uma ronda policial, um homem de 34 anos portava uma pistola marca Taurus, modelo G2C, calibre 9mm, carregada e municiada com 13 munições. O mesmo não possuía porte de arma.
No mesmo horário e bairro, em um patrulhamento para coibir o tráfico de drogas na região, um homem de 21 anos foi abordado, e com ele foi encontrado um revólver calibre .38 da marca Taurus, com seis munições intactas em sua jaqueta, além das drogas que o mesmo assumiu estar comercializando.
Já na parte da tarde, por volta de 19:00, desta vez no bairro Nova Brasília, a polícia atuou em uma residência denunciada como ponto de droga, prendendo as pessoas que ali estavam e encontrando uma arma de fogo calibre .32 contendo uma munição. Também foram encontradas munições para armas calibre .28 e calibre .22, todas intactas.
Pedido de armas caiu, mas quantidade nas ruas ainda é alta
Mesmo com o endurecimento no registro de armas a partir de 2023, estima-se que haja mais de 1,5 milhão de armas nas mãos de civis com registros vencidos, isso sem contar as armas em poder do crime organizado.
Conforme registros da Polícia Federal, o Brasil possui cerca de 3 milhões de armas de fogo cadastradas em nomes de civis e servidores públicos (policiais e guardas municipais). Metade delas está com o registro vencido.
As armas de CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores), sob responsabilidade do Exército, elevam o “poderio bélico” para 1.3 milhões de armas registradas.
A partir de dois decretos de 2023, novas regras para o registro de armas passaram a valer no Brasil. Foi reduzido de quatro para dois o número de armas que podem ser adquiridas por civis para defesa pessoal. Também diminuiu a quantidade de munição que uma pessoa pode comprar anualmente: de duzentas para 50 munições por arma de fogo. Além disso, foi retomada a obrigatoriedade de comprovação da efetiva necessidade para a compra da arma.
O número de registros em 2023 caiu em 79%; no entanto, o que já está em circulação serve para abastecer bandidos e milícias, e não cessou os índices de violência no país.