VÍDEO: Veja o momento da prisão dos pais do menino Jonatas

Nesta quarta-feira, 22/05, os pais do menino Jonatas, que tinha Atrofia Muscular Espinhal, foram presos em Joinville pela Polícia Civil.

Ambos foram acusados de estelionato e apropriação de bens após usarem parte dos R$ 3 milhões arrecadados para o tratamento do filho para comprar carros de luxo, roupas de grife, skate, etc.

Após uma ampla investigação conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami) de Joinville, o casal, foragido da justiça, foi encontrado escondido em um imóvel no Morro do Meio.

Renato foi condenado a 38 anos, 2 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado, e Aline a 22 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado. Juntos, podem chegar a 60 anos de prisão.

O advogado do casal, Emanuel Stopassola, informou a alguns meios de comunicação que “serão defendidos o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e todos os meios de prova e recursos inerentes”.

Cronologia do caso:

• O casal criou a campanha AME Jonatas, com forte repercussão nacional em 2017, com o objetivo de comprar um medicamento importado dos EUA, a vacina Spinraza, com um custo estimado de R$ 3 milhões.

• Após ter arrecadado o valor, o casal decidiu continuar a vaquinha com o intuito de cobrir um tratamento custoso, mas que manteria o menino vivo em casa.

• Após denúncia de uso do dinheiro para outros fins, em 2018, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) decidiu abrir uma investigação do caso.

• Em março de 2018, a justiça bloqueou preventivamente os R$ 3 milhões arrecadados e um veículo no valor de R$ 140 mil. Foram também apreendidos na casa do casal produtos de marca e roupas de luxo.

• Ainda em 2018, os pais foram indiciados pela Polícia Civil.

• Jonatas morreu em janeiro de 2022, aos 5 anos de idade, vítima de uma parada cardíaca. Ele era portador de AME tipo 1.

• Em outubro de 2022, o casal foi condenado em regime fechado pela prática dos crimes de estelionato e apropriação (art. 171 do CP e art. 89 da Lei n. 13.146/2015).

• Após driblar a justiça pulando de endereços, passando por Balneário Camboriú e Barra Velha, a polícia conseguiu capturá-los em Joinville. Eles foram levados ao Presídio Regional da cidade.

• Além da prisão, o casal terá que pagar as custas processuais e uma indenização no valor de R$ 178.176,25, que será remetida a uma entidade social que cuida de crianças portadoras de AME.