Na coletiva concedida na sede da Polícia Civil, hoje, 19/04, em Joinville, o Delegado Pedro Alves deu maiores detalhes sobre a operação Backbone, na qual investiga um suposto esquema de rachadinha envolvendo o vereador Nado (PSD).
O Delegado quis deixar claro, logo no início, que falar em politicagem, como afirmou o vereador Nado em entrevistas no dia de ontem, 18/04, não faz o menor sentido.
“Se um crime de homicídio, roubo ou furto ocorre todo ano, e a investigação é realizada, por que nos casos de corrupção é diferente? Sendo que essa prática ocorre todos os dias! A Polícia Civil não pode parar de trabalhar, investigar e fazer a operação porque é ano de eleição municipal. Não é o cenário político que determina a atuação da polícia.”
A investigação começou há quase um ano, entre junho e julho de 2023, conforme descrição do Delegado, assim que a Polícia recebeu uma denúncia anônima. Após constatados indícios de veracidade, foi aberto inquérito policial e encontrados materiais robustos para o andamento do caso.
Conforme o delegado Pedro Alves citou na coletiva, a denúncia indica que supostamente o parlamentar utilizava o dinheiro dos assessores para pagar os funcionários informais, que seriam pessoas de confiança do vereador. Ao menos 20 pessoas estão sob investigação.
Durante as buscas realizadas na casa dos suspeitos, incluindo na casa do vereador, mais de 20 aparelhos eletrônicos foram recolhidos e entregues à polícia científica para análise. Segundo o Delegado, essa análise certamente irá trazer novos elementos para o desfecho das investigações, além dos depoimentos e análises documentais.
A Câmara de Vereadores de Joinville se manifestou em nota afirmando que a operação não tem ligação com o Poder Legislativo como um todo. O alvo da investigação é apenas o gabinete do vereador Nado.
Os depoimentos estão em andamento e com estágio avançado.