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OPINIÃO: O Retorno de Jedi ao Partido dos Trabalhadores!

Por Carlos Castro - Jornalista

Redação, Portal Chuville

06 abril 2024

editado em 07 abril 2024

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Carlos Castro

Opinião por:
Carlos Castro - Jornalista

Fui filiado ao PT de 1990 a 2014. Fui dirigente municipal a partir de 1998. De 2002 a 2010, fui membro eleito da Executiva Estadual do partido. Em 2004, pelo PT conquistei 1.707 votos para vereador.

Hoje, resolvi preencher a ficha de filiação física e virtual. Por que pretendo retornar ao Partido dos Trabalhadores? No processo histórico da luta de classes em Joinville, fui forjado no PT nas atuações que tive como um dos fundadores do Movimento Passe Livre na cidade em novembro do ano 2000. Tivemos inúmeras lutas de massa nas ruas da cidade, seja contra os aumentos abusivos da tarifa do transporte coletivo, seja na tentativa de conquistar o beneficio do passe livre aos estudantes.

Foi como vice norte da União Catarinense dos Estudantes (UCE) que articulei e organizei junto com alguns camaradas do PT, como o vereador Adilson Mariano, os companheiros Osvaldo, Evandro, o saudoso Chico Lessa, Serge Goulart, entre outros, a greve dos trabalhadores da Cipla em outubro de 2002. No processo de ocupação da fábrica pelos trabalhadores, estes nos elegeram para dirigir a luta pelos mil empregos da Cipla e Interfibra. Assumimos uma fábrica completamente quebrada e quatro anos e meio depois (maio de 2007) fomos expulsos da fábrica pela Policia Federal a pedido da ABIPLAST, da FIESP e da burguesia local, porque reduzimos a jornada para 30 horas semanais com o apoio do governo Chavez da Venezuela. O mote da expulsão foi, “já pensou se essa moda pega”, frase escrita pelo Juiz federal que determinou a intervenção judicial.

De 2000 a 2012, estive na articulação do mandato do vereador Adilson Mariano, na época no PT, que foi o mandato mais combativo da história da Câmara de Vereadores de Joinville. Nesses doze anos, me orgulho da organização que fizemos na base para lutar pelas reivindicações. Foram muitas lutas travadas e me orgulho de ter feito parte de cada uma delas.

No último ano, estive ao lado da Jane Becker, do Osvaldo França, da direção do SINSEJ e dos companheiros do Comitê em defesa dos serviços públicos, no desafio de organizar a luta para impedir que o prefeito Adriano Silva do Novo conseguisse aprovar as Organizações Sociais (OS) na gestão da saúde das UPAS e Hospital São José. O prefeito pretendia implantar a OS em março de 2023, porém, na articulação e organização estratégica, conseguimos com a vanguarda do movimento social, impedir o seu intento devastador até o momento.

Fui forjado como militante na luta de classes e teoricamente, na escola de formação de quadros do PT nacional e do “13 de Maio” de São Paulo. Foram quatro anos, uma faculdade, estudando e debatendo o Capital de Marx, a teoria do Estado de Lenin, a guerra de posição e guerra de movimento de Gramsci, entre outras teorias revolucionárias como a de Rosa Luxemburgo e Gyorgy Lukács. Sou um leitor voraz. A busca pelo conhecimento é um dos motores da minha vida.

Vivemos um momento político bastante estranho. Assim como chorei na prisão de Lula, vibrei de felicidade com a sua eleição que derrotou o neofascismo que chamo de bozolândia. Mas a guerra ainda não foi vencida. Conheço o processo histórico da ascensão do NAZIFASCISMO dos anos 20 aos anos 30 na Alemanha de Hitler, Italia de Mussoline e Espanha de Franco. Fazendo um paralelo com a confusão neofascista de nosso tempo, penso que posso contribuir no enfrentamento local contra esse câncer que tenta se alastrar seja de sapatenis com a manutenção do prefeito Adriano, seja na truculência do bolsominion raiz, Sargento Lima.

Quero retornar ao partido pra contribuir na organização de base. Em vídeo recente do companheiro Gilberto Carvalho, fica claro que temos um problema grave de avanço neopentecostal do deus Mamom sobre as periferias. Na eleição do Conselho Tutelar, isso ficou muito evidente. Através do partido, pretendo ajudar a reverter esse quadro em Joinville. Também vou envidar todos os esforços para fomentar e organizar atividades de formação política.

Pra encerrar, entendo que não tem mais sentido eu ficar fora do partido em que militei por quase 25 anos e construí uma história da qual me orgulho. Se for aceito de volta, retorno de um exilio de 10 anos e terei muito a contribuir na construção do PT, porque eu sai do PT nesse período, porém, o PT nunca saiu da minha mente e coração.

Filiação feita nesta semana. Foto Arquivo Pessoal

Respostas de 2

  1. Parabéns, nesses tempos estranhos agregar é a melhor forma de vencer esse nazi fascismo, principalmente, catarinense.

  2. Parabéns pela volta,acompanho vc nas redes.Gostaria de participar desse quadro de formação política.Fiz parte por dois anos da esquerda marxista,mas me decepcionei muito,pois no momento que mais precisei largaram a minha mão.

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