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Hospital Infantil de Joinville vive mais um dia de caos nesta segunda-feira

Até a Polícia Militar foi chamada para conter a revolta de pais e mães que estavam aguardando por até 12 horas no Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, atualmente controlado por uma Organizaçao Social

Redação, Portal Chuville

02 abril 2024

editado em 02 abril 2024

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PM’s foram chamados para conter população no Infantil. Foto retirada de vídeo

Os pais e mães de crianças e adolescentes doentes não tiveram uma segunda-feira fácil. Um novo episódio de superlotação foi registrado ontem (1º/04) no Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, atualmente controlado por uma organização social. Em um dia de registro histórico nos últimos 15 anos, 409 atendimentos foram feitos em um único dia. Com a unidade cheia desde a madrugada e a demora no atendimento, a confusão e revolta de pais e mães se instalaram e a Polícia Militar foi chamada para evitar algo pior.

Vídeos circularam na internet mostrando muito bate boca e sala de espera lotada. Muitos em pé porque sequer tinham lugar para sentar com seus filhos. “Tu é médico? Então não serve porque não tem criminoso aqui”, disse uma mãe a um dos policiais. “Isso é palhaçada, meu filho está com febre, teve até convulsão e não fomos atendidos ainda”, disse outra mãe.

Não é a primeira vez que o Hospital Infantil registra confusão por superlotação. Há exatamente 30 dias o Chuville Notícias publicou uma matéria mostrando a revolta de uma mãe, com criança de colo, reclamando as mesmas coisas. Somente nesta segunda-feira, 42 ambulâncias deram entrada na unidade.

“Levei minha filha às 4h30 da manhã e o hospital já estava lotado, com poucas cadeiras pra sentar. Ela recebeu a pulseira amarela e só foi atendida às 8h. Durante esse tempo de espera a febre dela piorou, vomitou duas vezes e ninguém liberou qualquer medicamento pra ela, diferente de outras vezes que antes do médico o paciente recebia remédio pra aliviar a dor. Saímos de lá depois das 13h e a recepção estava mais lotada ainda”, conta Altamir Andrade, um dos pais.

 

“Casos pouco urgentes são a maior parte”, diz Hospital Infantil

Em resposta à imprensa, a direção do Hospital Infantil disse que a maior parte dos atendimentos da unidade são considerados “pouco urgentes”. A avaliação leva em consideração o “Protocolo de Manchester”, onde as cores azul, verde, amarelo, rosa e vermelho determinam a gravidade da situação. Ontem 169 casos estavam com a cor verde, conforme os dados abaixo:

 

Número de casos dos últimos três meses. Fonte: HIJAF

 

Embora a unidade seja referência de alta complexidade, viu o número de atendimentos triplicar nos últimos meses, sobretudo nos casos considerados “pouco urgentes”. Estes, segundo a diretora executiva do Hospital, Estela Cuchi, poderiam ser absorvidos pelas unidades básicas de saúde e UPA’s do município. Grande parte da procura se dá por sintomas respiratórios, muitos com suspeitas de Covid-19 e Dengue.

“Temos 5 médicos de plantão trabalhando 24h, sendo 3 pediatras, 1 ortopedista e 1 cirurgião, além de toda a equipe de enfermeiros. Nossa equipe estava acuada e todo o processo de acalmar as pessoas reflete na demora do atendimento”, disse Estela. Além disso, ela argumenta que a unidade atende não só Joinville, como toda a região.

 

Dia de caos também nas UPA’s

Quem precisou de atendimento médico em uma das três Unidades de Pronto Atendimento 24h de Joinville, enfrentou mais um dia de superlotação nesta segunda-feira. A média de tempo de espera foi de oito horas para atender uma demanda cerca de 15% superior ao habitual, de acordo com a prefeitura.

Para piorar a situação, três médicos estavam de atestado, reduzindo ainda mais o quadro de funcionários, considerado insuficiente, conforme já publicado pelo Chuville Notícias.

Mesmo com falta de médicos em alguns postinhos, a Secretaria de Saúde orienta a população a procurar estas unidades nos casos de sintomas leves. Segundo a pasta, são 35 médicos pediatras efetivos e mais 3 em um convênio com o Hospital Bethesda.

 

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