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EXCLUSIVO: Vereador de Joinville é acusado de envolvimento com menores

Casos envolvendo o vereador Pastor Ascendido Batista (PSD) teriam ocorrido entre 2013 e 2015 enquanto dirigia grupo de jovens da igreja

Redação, Portal Chuville

07 fevereiro 2024

editado em 24 janeiro 2025

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Foto Divulgação

Em dezembro do ano passado circulou pelas redes sociais um vídeo, falando de um vereador de Joinville que teria “aliciado menores”, entre outras acusações, porém o conteúdo não revelou quem era. O Chuville Notícias investigou o caso e chegou no nome do vereador Pastor Ascendino Batista (PSD).

A denúncia remete aos anos entre 2013 e 2015, quando o Pastor Ascendino coordenava um grupo de jovens na Igreja do Evangelho Quadrangular do bairro Jardim Paraíso. Na época o pastor oficial era seu pai, Evaldo Batista. Entre os jovens estava Paulo*, que em 2015 tinha 14 anos.

 

Da admiração à vergonha

Paulo* era o único evangélico da família e passou a frequentar a Igreja do Evangelho Quadrangular do bairro Jardim Paraíso. Logo fez amizades entre os jovens que eram coordenados pelo então Pastor Ascendino. Passeios, viagens, grupos de oração eram comuns, gerando convivência. A amizade entre Paulo* e o Pastor Ascendino se fortaleceu a ponto de o menor ser convidado diversas vezes a viajar juntos pela igreja, frequentando retiros. Troca de mensagens pelo celular eram comuns até que um dia o menor recebeu, por mensagem de aplicativo, fotos do Pastor Ascendino nú.

Sua reação foi entregar o celular aos pais, que imediatamente levaram o caso adiante. O relato a seguir mostra uma situação de ameaça, medo e impunidade: “Eu fiquei com vergonha porque até então tudo o que conversávamos era em tom de amizade e admiração. Até que ele começou a dizer que me amava e me mandou aquelas fotos, meus pais ficaram em pânico, levaram o assunto à igreja, que acabou abafando tudo. Diziam que era pra preservar minha imagem. Assim todos os arquivos e conversas foram apagados. Não tenho mais acesso à minha conta de Facebook da época, nem tenho mais aquele celular. Ainda frequentei a igreja por um tempo, mas com vergonha. Algumas pessoas saíram da igreja, revoltadas, outras chegaram a ser ameaçadas para se calar. Depois que tudo aconteceu, chegaram a me mostrar outras fotos, mas estas não tinham sido mandadas para mim, isso quer dizer que eu não era o único menor envolvido. Durante a eleição ele chegou a ir lá em casa pedir voto e meu avô expulsou ele”, conta Paulo* que hoje é casado e tem 23 anos.

Ele ainda relata que, um mês após o ocorrido, o Pastor Ascendino o procurou na rua dizendo que queria falar com ele. Tempos depois apareceu em sua casa, cumprimentou toda a família e deu uma bíblia de presente a ele. Um ano depois, Paulo* saiu da igreja dizendo ter sido “um alívio pela vergonha”. Após ser eleito vereador, na eleição de 2020 com 2.258 votos, o Pastor Ascendino Batista voltou à casa de Paulo*, como se nada tivesse acontecido.

A apuração desta reportagem teve acesso a alguns conteúdos que teriam sido trocados entre o pastor e outro menor de idade, mas sua autoria não pode ser confirmada. Veja:

Fotos compartilhadas de arquivo pessoal

 

 

Prints de tela

 

Prins de tela

 

 

 

Esposa me implorou para não denunciar, diz mãe

Francisca*, mãe de Paulo* afirmou a esta reportagem que queria fazer a denúncia à polícia, mas que a esposa do vereador Pastor Ascendino Batista “implorou” o contrário. Contou também que recebeu diversas ameaças de perfis fake na internet, caso a situação fosse levada adiante.

“Na época meio que fiquei sem saber o que fazer, é quando você vê acontecer com alguém da tua família. A primeira coisa que pensei foi denunciar à igreja, já que ele era um pastor. Fui até o superior dele da igreja e relatei o caso. Simplesmente eles o afastaram e o trataram como doente. Eu ia denunciar ele para a polícia, mas não dei a devida importância porque a esposa dele me implorou para não fazer nada, que ele estava arrependido e que ia fazer tratamento. Depois fiquei com pena da esposa e dos filhos e acreditei no arrependimento dele. Acabei apagando tudo e bloqueando os perfis que estavam nos ameaçando e quis deletar esse assunto das nossas vidas”, relata Francisca*.

 

Boletins de Ocorrência foram registrados por ameaça

Celso* era um dos pastores da igreja à época. Disse que quando viu tudo acontecer ficou “revoltado” e quis denunciar, mas foi impedido por ameaças à sua integridade e à sua família. “Eu não acho isso certo e também tenho filhos, por isso falei que ia denunciar. Só que eu não esperava uma série de ameaças, principalmente pelas redes sociais. Fiquei com medo, saí da igreja e me calei, mas ainda assim registrei dois boletins de ocorrência por ameaça”, conta.

 

Dirigência geral da igreja afastou Pastor Ascendino das atividades

Pastor Ronaldo* era o dirigente geral da Igreja do Evangelho Quadrangular da época. Assim que soube do ocorrido, afastou o Pastor Ascendino Batista das atividades, o que ele chama de “medida eclesiástica”. Ele confirma a versão dada pela mãe de Paulo*, de que o caso tinha sido tratado como “doença”.

Ele afirma também que queria denunciar às autoridades, mas a família de Paulo* não deixou. “Havia medo de expor o menor, havia medo pelas ameaças que estavam recebendo e eu entendi a situação deles, muito embora eu não concordasse com tudo aquilo. Se dependesse de mim eu ia expor a situação sim, mesmo com as tentativas de me amedrontar porque eu vi todas as mensagens e fotos. Uma comissão foi montada na época para decidir o que fazer, mas inevitavelmente cerca de 70 pessoas saíram da igreja, porque a notícia se espalhou. Eu não tenho mais contato com ninguém, mas acredito muito na justiça divina”, explica. Hoje ele não atua mais em Joinville desde 2017.

O Chuville Notícias também procurou o pastor Zaqueu, que hoje é o dirigente da igreja. Perguntado se tinha informação sobre o caso, respondeu que “ouviu alguma coisa na época”, mas que não podia responder sobre o assunto com propriedade porque a igreja não estava sob sua responsabilidade. “Repudio qualquer prática do gênero, nossa igreja, nossa comunidade tem valores e tais atos precisam ser punidos”, ressalta.

 

Caso segue sendo acompanhado pela Polícia Civil

O caso só veio à tona nove anos depois porque Paulo* disse ter demorado para superar tudo e agora quer fazer justiça. Depoimentos estão sendo colhidos de testemunhas e o caso segue sendo investigado sob sigilo.

Esta reportagem procurou o vereador Pastor Ascendino Batista para ouvir sua versão sobre os fatos, mas por meio de assessoria de imprensa apenas respondeu que não ia se manifestar. Além das atividades na Câmara de Vereadores com seu primeiro mandato, o Pastor Ascendino Batista congrega na Comunidade Evangélica Amamos Vidas, no Jardim Paraíso.

Na última segunda-feira (5), no retorno do recesso legislativo, o vereador Pastor Ascendino Batista foi eleito presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos.

 

  • Os nomes marcados com * foram trocados como proteção e sigilo da fonte, conforme determina o artigo 5º, inciso XIV da Constituição Federal de 1988.
  • Esta reportagem também teve a colaboração de Alexandre Medeiros

Respostas de 35

  1. Infelizmente, as pessoas que deveriam instruir nossas crianças e jovens possuem outras intenções.

  2. No fim a matéria deu em nada
    Mesmo as acusações sendo verdadeiras e o que vivemos hj
    Nada mais importa
    Somente a ganância do ser humano

  3. Como podem ser assim tentar prejudicar um homem bom , enquanto quem e pra vocês expor , vocês nao Fazem nada , por que não fazem uma materia sobre o trafico sobre , o tanto de pessoa que tem sido morta , mas não preferem acusar um homem de bem .

    1. Mas falar mentiras sobre o Marajó pode né colega?? A verdade que acontece nas igrejas do brasil não pode Ser denunciada, mas falar Mentiras Sobre a ilha do Marajó a igreja é a primeira a apoiar kkkkkk Deus faça justiça com esse povo logo.

    1. Meu Deus estou passada,sou pastora meu esposo apostolo nunca pensei,que isto eu iria saber pois é de um estupido ato de Blasfêmia a Deus,sei q existe arrependimento,porém jamais Poderiam serem pastores caso isso tenha respaldo de cunho Jurídico, nem o infrator nem Esposa ,com tal escândalo,estou muito triste pelo rapaz e pelo o outro lado nem sei oq falar pois chego a pensar como pode pre pregar e não viver.Oremos pq na verdade isso faz muitos desacreditarem,em um caminho tão reto q é Jesus.OREMOS DE VERDADE PELA LIBERTAÇÃO DE TODOS E AMEMOS TODOS E FAÇAMOS TUDO SEMPRE COM AMOR DESAPEGANDO DE SATANAS .

  4. Está aí mais uma vez fazem de tudo pra destruir quem trabalha,acredito que td isso tem função política pra destruir mesmo o caráter dele.So assim podem manipular as eleições próximas.

  5. é Aconteceu de novo recentemente a mulher até separou dele mas acabaram reatando ele roubou o namorado da própria Filha adolescente..

    1. Que mentira deslavada o primeiro namorado que a filha assumiu foi mês passado… não sei oq ganham com isso destruindo quem trabalha por toda Joinville.

    2. Olá João, tudo bem?
      Primeiramente tens que ter cautela ao fazer uma afirmação sobre algo que você “acha”, peço encarecidamente que não use a filha e nem a mãe dela em seus argumentos, visto que no nosso Art. 138 – Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime.

  6. Dizer q demorou 9 anos pra superar e não q realmente tem cunho político essa matéria pra tirar o vereador mais atuante da cidade de Joinville para q outros q não fazem nada fiquen ali só recebendo.. uma vergonha esse jornalismo.
    Com certeza há um sem vergonha dinherista nisso td …mas sabemos quem é de verdade e quem é de mentira… Deus traz a luz td q está em oculto e não ficará impune quem levanta falso testemunho.

    1. Toma vergonha, não coloque sua mão no fogo por homem nenhum. Vai lá, levar seu filho, sobrinho ou sei lá quem p ficar na não dele.

    1. Ai gente mas esse print ai me parece falso, o pastor escrevendo tudo errado e um menino adolescente escrevendo ate com virgula? Kkkkkkkkkkk

  7. Igreja De bairro , organizada por familiares (R$) DESCONFIE!
    Igreja só com 1 pastor “Responsável” desconfie!
    Igreja que pede constatEmente por ofertas ($)DESCONFIE!
    Igreja cuja aprovacao pra ser pastor nao segue criterios de postura e qualidades : DESCONFIE!

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