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Apagão em São Paulo há seis dias deixa preocupação: e se fosse em Joinville?

Após a passagem do ciclone bomba, em 2020, deixando 1,5 milhão de catarinenses sem luz, Celesc afirma que tem se preparado para evitar o pior cenário

Redação, Portal Chuville

09 novembro 2023

editado em 09 novembro 2023

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Foto Freepik

Os paulistanos não vivem seus melhores dias. Isto porque cerca de 30 mil unidades consumidoras ainda registram falta de energia elétrica após o temporal que atingiu a capital paulista, na última sexta-feira (3). Ventos fortes derrubaram árvores e postes, deixando inicialmente 2,1 milhões de pessoas em todo o estado de São Paulo sem luz. A concessionária de lá, a Enel, afirmou que todo o sistema seria restabelecido até o dia 7, mas o apagão está prestes a completar uma semana sem ser resolvido.

Comerciantes, industriários e consumidores no geral amargam prejuízos. A prefeitura de São Paulo, por sua vez, disse ontem (8) que notificaria a Enel junto ao Procon, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de entrar com Ação Civil Pública contra a concessionária.

 

Mas e em Joinville? Qual o risco desta situação se repetir?

O Chuville Notícias foi buscar respostas junto à Celesc – a estatal responsável pela rede de distribuição de energia elétrica em Santa Catarina.

Vale lembrar que, no fim de junho de 2020, um ciclone bomba atingiu o estado, deixando um rastro de destruição. Foram 11 mortes registradas e 1,5 milhão de imóveis ficaram sem luz. Os prejuízos passaram de R$ 277 milhões. Mesmo após três dias, cerca de 130 mil unidades consumidoras ainda estavam desligadas. Em Garuva, por exemplo, foram 11 dias sem energia elétrica. Para a Celesc este foi considerado o pior cenário da história da companhia.

De lá para cá os catarinenses têm sofrido condições climáticas adversas e cada vez mais intensas. Para o Gerente Regional da Celesc, o engenheiro Wagner Vogel, esta situação deixou toda a equipe mais experiente. “De forma preventiva, realizamos melhorias e investimentos em nossas redes elétricas, criando possibilidades de maior redundância de fornecimento em caso de falhas, além das manutenções preditivas e preventivas”, explica.

Em Joinville existem 11 subestações com linhas de transmissão e redes interligadas. Isto permite, segundo o engenheiro Wagner, que rapidamente a energia seja reestabelecida, caso algum sinistro ocorra por eventos climáticos. O que ele considera como “mais complexo” é um grande número de postes quebrados em uma determinada região, ou danos críticos em torres de transmissão. Isso elevaria mais o tempo de religação de luz. Mas ainda assim, há reforço de equipe vindo de outras regiões para que todas as linhas sejam religadas o mais breve possível.

Paralelo a isso, uma das medidas preventivas é a poda de árvores próximas à rede de transmissão. Há uma parceria entre os municípios para que isto ocorra de forma organizada. Quando a árvore está em um terreno particular, a poda não acontece. Nestes casos, a orientação é o proprietário solicitar o corte de vegetação junto aos órgãos municipais ambientais. Em Joinville, a Secretaria de Meio Ambiente (Sama) é a responsável por receber estas solicitações.

 

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