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Corrupção não é privilégio de um partido

Por Leandro Ferreira | Editor da Newsletter Guará Jornalismo e colunista político aqui no Chuville!

Redação, Portal Chuville

13 outubro 2023

editado em 13 outubro 2023

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Na foto. Policiais da 3ª Delegacia de Polícia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR) se preparam para agir na Operação Desregulação – que envolveu busca e apreensão na Secretaria de Pesquisa e Planejamento Urbano

Governo do Novo em Joinville agora acumula dois procedimentos de investigação na Polícia Civil – por meio da Delegacia de Combate à Corrupção

Nesta semana, Joinville foi surpreendida com mais um caso de investigação de corrupção. Desta vez – um servidor é acusado de conluio com empresários num esquema para indicação e favorecimento em trâmites de regularização fundiária na cidade – justamente uma área que o prefeito Adriano Silva comemorava, até agora, números expressivos. 

O detalhe aqui – este caso envolveu busca e apreensão dentro da Secretaria de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville. Pois bem – antes de avançarmos, é preciso recuperar outro caso em investigação na atual gestão municipal. 

Dias atrás, Adriano afirmou no programa Pânico. “Corrupção nós não pegamos no nosso governo”. Essa afirmação já era bastante imprecisa, para usar um termo conservador aqui. Neste momento – a Delegacia de Combate à Corrupção em Joinville – investiga outra denúncia de corrupção no governo, que envolve a oferta de terrenos do Ipreville para possível venda na cidade. A denúncia é de 2022,  o inquérito foi instaurado no primeiro semestre 2023 – e a investigação prossegue.

No caso mais recente – desta semana, a prefeitura fez um esforço para se afastar das irregularidades, e indicar que a investigação tem relação com fatos antigos, anteriores à atual gestão.

Mas este posicionamento é equivocado – e traz na verdade, embutido, uma espécie de dilema existencial ao partido Novo. É equivocado, e precipitado, porque a operação desta semana, coordenada pela Polícia Civil, fez busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos. Tudo isso será investigado por 60 dias – e somente após esse período, as suspeitas poderão ser afastadas do atual governo – ou não.

Mas isso tem a ver com a origem do Partido Novo. Se colocava acima dos demais partidos, não queria nem saber do Fundo Partidário (hoje utiliza) e se colocava acima da corrupção. Corrupção era coisa de político – eles não eram políticos, eram empresários.

Pois bem – com pelo menos dois casos em investigação na cidade de Joinville – já podemos afirmar. Todo esse conceito do Partido Novo está distante da prática – e trata-se, na verdade, de bobagem.

A corrupção não é exclusividade de um ou outro partido – ela existe e precisa ser combatida, investigada. Ela só não vai existir – ou aparecer – se você escolher colocá-la debaixo do tapete.

 

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