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Criança continua sem poder repetir a merenda escolar, diz Sindicato

Durante visita em escolas e CEI's nesta quinta-feira (5), Sinsej identificou que a terceirização das cozinhas escolares de Joinville ainda enfrenta muitas dificuldades

Redação, Portal Chuville

05 outubro 2023

editado em 05 outubro 2023

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Alunos fazem fila para pegar a carteirinha com QR Code em escola. Foto Divulgação

Após quase 15 dias em operação, a terceirização das cozinhas nas escolas e Centros de Educação Infantis (CEI’s) de Joinville, ainda sofre problemas de gestão. Conforme apurado pelo Chuville Notícias, em reportagem publicada na semana passada, alunos saem mais cedo para o recreio e assim dar tempo de apanhar seus cartões com QR Code, os quais permitem que seja servida a merenda do dia. Na mesma reportagem foi identificado que, em muitas escolas, não havia profissionais e equipamentos (tablets) suficientes para gerenciar toda a demanda. E isso incluia a impossibiliade de o aluno repetir a refeição.

Dias depois, os mesmos problemas ainda continuam e outros novos surgiram, como aponta o Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej), após visita em algumas unidades escolares nesta quinta-feira (5). Na Escola Municipal Professora Elizabeth Von Dreifuss, no bairro Morro do Meio por exemplo, os alunos não podem repetir a merenda, caso peçam. E a reclamação partiu de pais de alunos.

Já na Escola Municipal Professora Ada Sant’Anna da Silveira, no bairro Paranaguamirim, a cozinheira da empresa terceirizada (Sepat Multi Service), pediu demissão dias após o início das atividades, obrigando a cozinheira de carreira da prefeitura voltar ao antigo posto, evitando assim a falta de merenda na unidade. Em conversa com servidores de outras unidades escolares, foi constatado que cinco nutricionistas pediram demissão, obrigando algumas a irem para a cozinha para cobrir falta de outras cozinheiras.

A reportagem do Chuville Notícias procurou algumas cozinheiras para conversar, mas ninguém quis se identificar. Disseram apenas que o salário “era muito baixo para tanto trabalho”.

Outro problema que ainda não teve solução foi em relação à possível perda do cartão QR Code. Segundo o Sinsej, uma mãe de aluna reclamou que, após perder o cartão, não foi permitido acesso à merenda. Algo muito diferente do que defendeu a Secretaria de Educação, a qual disse que nenhum aluno seria impedido de se alimentar caso isso ocorresse.

 

Problemas na gestão dos alimentos

Outra dificuldade identificada pelo Sinsej, após denúncias, foi em relação à gestão dos alimentos. Com pouco cuidado e limpeza, muitas frutas e verduras acabam estragando, conforme imagens divulgadas nas redes sociais do Sindicato:

Fotos Divulgação

 

Em um CEI houve relato de servidor público, que preferiu não se identificar, de que uma grande quantidade de carne foi jogada fora por armazenamento incorreto.

 

Reunião na Câmara de Vereadores vai discutir o assunto

Na próxima terça-feira (10), a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores vai rececer, às 14h, os interessados em debater os problemas já conhecidos desta teceirização e apontar soluções. De acordo com a presidente do Sinsej, Jane Becker, após esta reunião haverá diversos encaminhamentos. “A prefeitura diz uma coisa e o que vemos na prática é outra, ou seja, acaba sendo uma mentira e quem paga o preço são os alunos e até mesmo os professores”, diz.

 

Prefeitura afirma que há “supervisão periódica”

Em nota, a Secretaria de Educação diz que há uma equipe responsável pela supervisão dos trabalhos da Sepat nas unidades escolares, e que “se alguma irregularidade é constatada, a situação é informada à empresa responsável pela operação para ajuste imediato”. A nota afirma ainda que a direção de cada escola ou CEI informa constantemente sobre a rotina escolar.

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