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CPI da Águas de Joinville é política, mas também técnica

Por Leandro Ferreira | Editor da Newsletter Guará Jornalismo e colunista político aqui no Chuville!

Redação, Portal Chuville

11 agosto 2023

editado em 11 agosto 2023

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Nova ameaça à gestão de Adriano Silva une oponentes de olho em 2024, diante de flagrante irregularidade em locação da nova sede da Companhia. Foto: Mauro Artur Schlieck

 

Por Leandro Ferreira | Editor da Newsletter Guará Jornalismo e colunista político aqui no Chuville!

A entrada do gabinete do vereador Wilian Tonezi (Patriota) é elucidativa. Na mesinha de canto, um folheto com a foto do Sargento Lima (PL) traduz o posicionamento político do vereador. Ele trabalhou para Lima na última eleição – é ligado ao deputado, e deve ingressar no PL em março do ano que vem.

Ainda no primeiro semestre, Sargento Lima foi lançado pelo PL como pré-candidato a prefeito de Joinville. No mesmo momento, a relação dos vereadores Cleiton Profeta (PL) e Wilian Tonezi com o executivo se deteriorou – a ponto de eles aprovarem um pedido de investigação contra o prefeito no mês passado.

No último sábado, 05, novo encontro do PL em Joinville reforçou novamente a pré-candidatura de Lima na disputa pela prefeitura. Dois dias depois, Tonezi apresenta na Câmara o pedido da CPI da Águas de Joinville. Pode ser apenas coincidência.

O meio faz a CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito é um instrumento disponível aos vereadores – uma possibilidade extrema de executar o trabalho de fiscalização do executivo – que lhes é atribuído.

Mas é claro – é sempre também um artefato político. Assim, o atual momento, o meio, é fértil para criação de comissões como essa. O primeiro ensaio já ocorreu com a Comissão Especial de Saúde – que por pouco não virou CPI.

Agora, temos o momento favorável por conta das eleições. Além da disputa pelo executivo, também precisamos lembrar que os vereadores também precisam de holofotes. Para eles, como ao proponente Wilian Tonezi, é muito importante estar na vitrine neste momento – reforçando, aquecendo, a força do nome para as urnas de 2024. 

Objeto é consistente

Somado ao meio favorável, a proposta de CPI da Águas de Joinville também tem objeto concreto. Entre eles – está a questão da nova Sede da Companhia Águas de Joinville. 

A declaração do proprietário do imóvel, feita na própria Câmara em audiência no mês de junho, é argumento suficiente para instauração da Comissão. Arlindo Tambosi declarou que o acordo de locação foi feito verbalmente com a Companhia, seis meses antes da Águas de Joinville oficializar o interesse de locar o prédio sem licitação.

Tonezi precisa de sete assinaturas para dar sequência na CPI – até o momento diz ter cinco. Na próxima semana, teremos certamente o desdobramento final dessa iniciativa.

Assim saberemos o tamanho do desgaste do governo – lembrando a velha máxima: sabemos como se inicia uma CPI, mas nunca como termina.

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