Hoje (24), a Secretaria da Saúde de Joinville confirmou mais duas mortes relacionadas à dengue. Desde o início de 2023, já foram registrados 36 óbitos pela doença na cidade.
O trigésimo quinto óbito foi de um homem de 81 anos, residente no bairro América, que possuía comorbidades e faleceu em um hospital particular no dia 16 de junho.
O trigésimo sexto óbito foi de um homem de 82 anos, morador do bairro Adhemar Garcia, também com comorbidades, que faleceu em um hospital público no dia 10 de julho.
Ao longo deste ano, foram confirmados 29,7 mil casos de dengue em Joinville. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) revelou que a maioria dos focos de dengue está nas residências.
Por que Joinville continua com este triste índice?
Na semana passada, o Chuville Notícias divulgou a informação de que a maior cidade catarinense liderava o número de mortes por dengue no Brasil. Com os dados desta segunda-feira, fica evidente o perfil da maior parte dos mortos pela doença aqui: idosos e com comorbidades. E este cenário está longe de ser o ideal.
Dados oficiais mostram que ao longo dos últimos anos, tem crescido o número de mortes por dengue na cidade, culminando em 2023. Por mais que campanhas esporádicas sejam feitas nas mídias, a fiscalização parece não ser suficiente, sobretudo nas casas e terrenos abandonados.
Vivemos em uma cidade com alto índice de chuva e umidade. Ainda temos um grande número de áreas verdes que igualmente podem acumular água parada. Paralelamente a cidade com o maior PIB (Produto Interno Bruto) de SC contrata cerca de 600 profissionais, entre Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s) e Agentes Comunitários de Endemias (ACE’s). O custo para manter estes profissionais passa de R$ 2 milhões/mês, dividido meio a meio entre o município e governo federal.
Enquanto isso, o município oferece canais para que a população denuncie focos do mosquito causador da dengue: o aplicativo Joinville Fácil e Ouvidoria.