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Quem é mais bolsonarista?

Opinião Política por Leandro Ferreira - Guará Jornalismo

Redação, Portal Chuville

05 julho 2023

editado em 05 julho 2023

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Adriano se esforça para manter imagem ligada a Bolsonaro, mas essa postura pode lhe custar o cargo

Poucas horas após a confirmação  do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos –  o prefeito Adriano Silva (Novo) utilizou sua conta no twitter para defender o ex-presidente – mesmo sem citá-lo. “É lamentável que pessoas sejam julgadas e condenadas unicamente por expressarem suas opiniões”, afirmou.

Este é um movimento aparentemente lógico em uma cidade bolsonarista como Joinville. Mas Adriano se esforça realmente para se manter identificado com as ideias de Bolsonaro – e essa publicação teve essa função.

No entanto, o prefeito até o momento é filiado ao partido Novo e não ao Partido Liberal, de Bolsonaro. Com isso, Adriano assume o risco de duelar em 2024 contra um rival bolsonarista de “puro sangue”, que é o deputado estadual Sargento Lima (PL).

Lima é o iminente candidato a prefeito do PL em Joinville – sob articulação do governador Jorginho Mello, também do PL. Jorginho, por sua vez, manobrou na semana passada para nomear Ricardo Guidi, deputado federal pelo PSD, como secretário estadual de meio ambiente. Com isso, o suplente Darci de Matos assume em agosto o mandato na câmara federal. E é claro – Darci certamente apoiará Lima em 2024, como retribuição.

Na câmara de vereadores de Joinville, Adriano também já sente os efeitos dessa articulação. Cleiton Profeta (PL) e Wilian Tonezi (Patriota), parlamentares próximos ao governador, se afastam cada dia mais do prefeito.

A situação na câmara está cada vez mais desconfortável para o chefe do executivo, a ponto de ele escapar por apenas um voto de diferença – de uma denúncia com possibilidade de afastamento, protocolada na tarde de terça-feira, 04, no legislativo.

Adriano precisa recalcular a rota sobre sua posição política, senão perante a Bolsonaro, mas pelo menos em relação a Jorginho. Caso contrário, será engolido e ficará cada vez mais frágil politicamente no cargo, com chances reduzidas de reeleição em 2024.

Por Leandro Ferreira | Editor da Newsletter Guará Jornalismo e colunista político aqui no Chuville!

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